
Vancouver, Canadá – The 100 cativou o público por anos com seu caos pós-apocalíptico, dilemas morais impossíveis e mortes que chocaram os fãs. Mas por trás das câmeras, a jornada da série foi tão cheia de reviravoltas quanto a própria trama. De protagonistas que quase não existiram a uma língua inteiramente nova, confira seis curiosidades que transformaram The 100 em um fenômeno:
O Drama Quase Não Aconteceu: A Série Era Para Ser “Mais Leve”
Apesar de ser sinônimo de guerra, destruição e sobrevivência brutal, a CW inicialmente planejava The 100 como uma série juvenil mais suave, focada em romance e desafios de adaptação, seguindo o ritmo de outras produções da emissora.
- A Virada: Logo nos primeiros episódios, no entanto, a produção percebeu que o público reagia melhor ao lado sombrio e complexo da narrativa. Essa mudança radical transformou o programa em um drama adulto com profundas discussões sobre moralidade.
Clarke Não Teria o Protagonismo Absoluto
A ideia original dos roteiristas era ter um protagonismo mais dividido entre os personagens. Clarke Griffin estava no roteiro, mas não necessariamente como a figura central que se tornaria.
- O Eixo Moral: A definição mudou quando a equipe percebeu que a trajetória de Clarke, cheia de decisões difíceis e sacrifícios, funcionava perfeitamente como o eixo moral e a bússola da série, tornando-a o símbolo de The 100.
‘Trigedasleng’: Uma Língua Completa Criada para os Grounders
Assim como grandes fantasias, The 100 investiu na construção de mundo ao criar o Trigedasleng, a língua falada pelos Grounders (Terrestres).
- Linguística Profissional: Um linguista foi contratado para desenvolver o idioma com gramática e fonética próprias, baseado no inglês, mas modificado por séculos de isolamento e evolução. Atores relataram que decorar as falas em Trigedasleng era frequentemente mais difícil do que decorar o roteiro em inglês.
Destinos Alterados: Raven Quase Ficou de Fora
O roteiro de The 100 foi reescrito inúmeras vezes, o que resultou em destinos completamente diferentes para vários personagens.
- De Pontual a Fundamental: Raven Reyes seria apenas uma personagem passageira na primeira temporada. No entanto, ela rapidamente caiu no gosto da produção e do público, tornando-se uma figura vital para a trama. Outros personagens, como Lincoln, também tiveram seus arcos alterados abruptamente por questões logísticas ou contratuais.
Bastidores de Luta Real: As Gravações Eram Brutais
The 100 foi gravada principalmente em Vancouver, Canadá, e o clima imprevisível da região era um desafio constante para o elenco e a equipe.
- Frio e Lama: As cenas de ação nas florestas envolviam enfrentar chuva inesperada, frio intenso e muita lama. A atriz Marie Avgeropoulos (Octavia), por exemplo, que estava constantemente em cenas de luta e sobrevivência, frequentemente terminava o dia coberta de arranhões reais, refletindo a intensidade da filmagem.
O Final Estava Traçado Desde a 3ª Temporada
Apesar das inúmeras mudanças de enredo e personagens ao longo das temporadas, o criador da série afirmou que o conceito central do final estava definido desde cedo, especificamente na 3ª temporada.
- Transcendência e Evolução: A discussão sobre transcendência e o destino da raça humana já estava no conceito original. O que mudou no percurso foi o caminho até esse final – quem sobreviveria, quem sacrificaria e como as peças se encaixariam para levar à conclusão épica.
Homenagem Nos Bastidores
Um nome importantíssimo por trás das câmeras foi Clay Virtue, coordenador de dublês, responsável por toda a ação e segurança das cenas intensas.
Sua dedicação era tamanha que seu falecimento em 2017 marcou profundamente a equipe, levando a série a prestar-lhe uma homenagem direta.









