Josi Aoas, madrinha da Unidos de Vila Maria, acompanhou de perto a apuração das escolas de samba de São Paulo. Mesmo com a agremiação mantida no grupo de acesso, ela fez um balanço positivo do desfile e contou que enfrentou momentos de tensão antes de entrar na avenida. Tudo por conta de uma mudança radical de fantasia.
Três dias antes, ela mostrou o look para o carnavalesco que pediu uma nova versão, ainda mais alinhada com o enredo que falava de Ogum. Em 72h o ateliê teve que dar conta de produzir um novo look, do zero.
“A escola me pediu uma fantasia mais afro e menos luxuosa, um look mais rústico, com menos brilho e glamour para conversar melhor com o enredo. Claro que fiquei apreensiva, mas sabia que o ateliê daria conta do recado. Trocamos os materiais, usamos mais conchas do que ouro e cristais. E a cabeça ficou maior, uma peruca afro de quase 5kg”, conta.
Em três dias, o ateliê entregou a nova fantasia para aprovação do carnavalesco. E Josi surgiu transformada na avenida. Com um body transparente, cravejado com cristais e conchas, ela fez a linha mais comportada e roubou a cena com um costeiro de faisões de 3 metros de largura. Só o adereço pesava 15kg.
Já sobre a apuração, Josi diz que de longe não era o que esperava e ficou muito triste com o resultado. Ela ainda parabenizou a comunidade pelo desfile. “Sou Vila Maria e independente do grupo, se é especial ou acesso, estou junto com a comunidade. Fizemos um desfile lindo, mágico. O Carnaval de São Paulo está cada vez mais disputado. Cada detalhe faz diferença. Uma coisa é certa: desfilamos com alegria e muita garra”, defende.