O Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. Dados do Ministério do Turismo indicam que os eventos de estética têm impulsionado as viagens de negócios no País, que é reconhecido pela qualidade de seus profissionais e custos reduzidos para determinados procedimentos.
A publicação especializada em cirurgias plásticas ao redor do mundo “Patients Beyond Borders” indica que o mercado atual de procedimentos do tipo movimenta entre US$ 65 e US$ 87,5 bilhões anuais – e uma fatia considerável desse valor está em terras brasileiras.
“Tenho percebido o aumento gradativo de pacientes que moram em outros países nas minhas consultas. A grande maioria são brasileiros expatriados que voltam ao País para fazer cirurgias plásticas”, explica o cirurgião plástico Dr. Laertes Thomaz Junior, membro da Sociedade Brasileira e Americana de Cirurgia Plástica.
Estimativas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica indicam que o Brasil realiza 1,5 milhões de cirurgias plásticas anualmente, sendo 57% estéticas e 43% reparadoras. Desses, cerca de 7% dos procedimentos são feitos em estrangeiros. O setor, inclusive, tem expectativa de crescimento de 35% nos próximos cinco anos.
Na comparação com os Estados Unidos, líder em cirurgias plásticas, o Brasil requer menos investimento para cada paciente, que gasta um valor bem menor com custos médicos, serviços, transporte, internação, acomodação e tratamentos estéticos.
“A qualidade dos cirurgiões e instalações médicas são as mesmas na comparação com a estrutura americana. Por isso, nosso País se transforma, cada vez mais, em uma potência da cirurgia plástica”, complementa Laertes, que é muito buscado por pacientes que desejam fazer procedimentos na face, como o lifting facial, por dominar uma técnica chamada Deep Plane.
“Mais realizada nos Estados Unidos, a técnica Deep Plane tem resultados muito mais naturais e pós-operatório mais tranquilo, uma vez que reposiciona toda a estrutura muscular da face e não apenas os tecidos. Por isso mesmo, ela é mais específica e realizada ainda por poucos cirurgiões no Brasil”, completa Dr. Laertes que, em janeiro de 2024, registrou uma marca inédita: 60% dos pacientes submetidos a cirurgias plásticas com ele moram no exterior.