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Combate à violência contra comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil é questão de Justiça

Advogado Nélio Georgini destaca a urgência da proteção legal em meio a números alarmantes de violência e mortalidade

A comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil enfrenta uma realidade preocupante, marcada por altos índices de violência e discriminação. Os números são alarmantes e evidenciam uma urgência em combater essa triste realidade que persiste em pleno século XXI. Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem assumido uma posição de defesa dos direitos dessa população, reconhecendo a importância de medidas legais para sua proteção.

“O Mandado de Injunção 4733 foi um marco nesse contexto, ao estender a proteção da Lei de Racismo (Lei 7.716/1989) para abarcar também a população LGBTQIAPN+. Essa decisão representou um avanço significativo, ao reconhecer a gravidade da homotransfobia e criminalizá-la. No entanto, é importante destacar que essa medida ainda enfrenta resistência por parte de alguns setores da sociedade”, afirma o advogado, Nélio Georgini, Presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).

É fundamental que todos se conscientizem da importância dessa proteção legal e abracem o entendimento de que a violência contra a comunidade LGBTQIAPN+ não pode mais ser tolerada.

“É inaceitável viver em um país onde essa população enfrenta verdadeiro genocídio, onde suas vidas são ceifadas devido à intolerância e ao preconceito. A justiça deve ser garantida para todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero”, completa Nélio.

Promoção da diversidade

Além da proteção legal, é necessário promover uma mudança cultural que combata o preconceito e promova a aceitação da diversidade. Educação, conscientização e políticas públicas inclusivas são ferramentas essenciais nesse processo de transformação social.

É preciso criar um ambiente seguro e acolhedor para que todos os cidadãos possam viver livremente, sem o medo da violência e da discriminação.

Portanto, é urgente que o Estado e a sociedade como um todo se unam na luta contra a homotransfobia e em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAPN+.

Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos tenham o direito fundamental de serem quem são, sem temer pela própria vida.

Rodrigo Teixeira

Repórter com mais de 13 anos de carreira. Formado em jornalismo pela Estácio de Sá e pós graduado em Metodologia do Ensino Superior pela Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Elerj). Com experiência em diversos segmentos do jornalismo, entre eles, no meio corporativo, artístico, e no poder público. Com passagem pelas redações dos maiores portais de internet do país, inclusive á produziu conteúdo para o portal iG. Experiência de gestão, redação e projetos especiais para o on-line dos Jornais O Dia e Meia Hora. Web Repórter da Rede TV, na sucursal do Rio de Janeiro e correspondente do programa "Tô na Fama", da Rede TV do Tocantins.
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