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Biel relembra ‘altos e baixos’ da carreira e afirma o sonho de retomar os grandes shows presenciais

Em celebração aos 10 anos de trajetória musical, cantor conversa com Tô na Fama sobre sucesso de seu último álbum “Faixa Rosa”, resultante do aprendizado de uma década dentro da cena musical

Em celebração aos 10 anos de trajetória musical, cantor conversa com Tô na Fama sobre sucesso de seu último álbum “Faixa Rosa”, resultante do aprendizado de uma década dentro da cena musical

Após o retorno a cena musical, Biel celebra seus 10 anos de carreira, com a divulgação de seu novo álbum, intitulado “Faixa Rosa”. Recentemente, o artista que conquistou os fãs do funk, no início de sua trajetória, apresentou a música “Ritmin de Nostalgia”, que supera a marca de 60 K de visualizações no YouTube.

Em conversa com Tô na Fama, Gabriel Araújo Marins Rodrigues, mais conhecido pelo nome artístico “Biel”, o cantor de 28 anos, casado com a cantora Tays Reis e pai da Pietra, de 2 anos, comenta sobre a transição do mercado fonográfico e as mudanças da indústria musical com o advento da tecnologia digital.
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“Tive meu auge no momento de maior transição da indústria fonográfica brasileira e mundial. Me recordo da assinatura de meu contrato, quando cedi à gravadora a parte digital, que na época era somente o Youtube e, após um ano desse acordo o digital passou a ser 80% do faturamento de uma música”, relembra o artista. “As pessoas deixaram de comprar CDs e fiquei um pouco frustrado. Algo que mexeu comigo. Hoje o país conseguiu acompanhar a evolução do mercado e o artista precisa ter sua presença dentro das plataformas musicais. Os artistas da atualidade sabem que as mídias tradicionais, como rádio e televisão não representam muito à meta de se alcançar o topo de Spotify, por exemplo, pois a internet estreitou esse laço entre artista e fã”, complementa Biel.

Do início apoteótico dentro da carreira funk para a transição como artista pop, Biel pontua que nunca escondeu suas raízes, tendo no percurso da carreira pessoas que não visualizam a importância do movimento na cena musical brasileira. “É bizarro pontuar o que aconteceu comigo, pois na época as pessoas que cuidavam de minha carreira me proibiram de estar junto com MCs, inclusive, tiraram a apresentação ‘MC’ de meu nome artístico. Como a promessa era de melhoria na carreira, acabei não batendo o pé, mesmo que a gravadora que respeitasse a ascensão do funk, o meu gênero musical. O funk já era pop e não percebiam isso, mas hoje as contratações são apenas de MCs. Fui muito afetado, devido a essa falta de percepção das pessoas que cuidavam da minha carreira na época. Mas fui um pioneiro dessa transição do funk para o pop”, relembra.

“Na música temos pilares de faturamento. O autoral, quando você escreve e recebe pelo fonograma. E tem, o digital que são as plataformas musicais, que hoje representam quase 90% do faturamento e, por isso, é necessário que se compreenda a sua importância na carreira de um artista”, comenta o artista, que em poucos dias superou 60 K de visualizações no YouTube com faixa “Ritmin de Nostalgia”

De acordo com o artista, hoje, algumas pessoas não sabem de sua importância para a evolução do movimento funk, algo que o entristece. “Fui muito pioneiro em minha carreira. Na TV Globo, por exemplo, fui um dos primeiros a entrar na programação, em 2013, fiz o programa Encontro, em 214, o “Programa do Jô” e o “Domingão do Faustão”. Tudo o que eu havia feito pelo funk, mesmo tirando o “MC”, do nome foi reconhecido pelo público. Atualmente, a concorrência é tamanha, uma disputa louca e maluca, pois se você não faz parte de uma produtora x ou y, os colegas não ajudam os artistas independentes. Como o título de meu primeiro álbum “Juntos Vamos Além”, e quem eu seria caso tivesse parado? Hoje sou um artista independente e ensino aqueles que buscam o apogeu dentro deste disputado cenário e, claro, que tenho que comemorar essa minha história dentro deste importante movimento musical. Uma comemoração minha e pelo movimento, para que outros artistas não passem pelo que eu passei”, afirma.

Sucesso no cenário digital, Biel comenta sobre a possibilidade para retomada dos grandes shows, como eram realizados antes de sua mudança para os Estados Unidos. “Esse meu maior sonho. Desde 2017 não subo em um palco, sendo monetizado. Após meu retorno dos EUA, não fiz a abertura de agenda devido as mudanças dentro do mercado. Também tivemos a pandemia que abriu uma frente maior para o digital. Estou no aguardo do momento certo para preparar uma turnê e, claro, que vamos tudo acontecerá com naturalidade Sempre fui comprometido com a minha entrega naquilo que faço e estou empenhado para esse momento”, finaliza Biel.

Biel iniciou o mês de julho repleto de novidades, como a regravação de “Pimenta” e “Toma Gostosa”, além de “Mozão”. No último mês de agosto, concluiu a apresentação do álbum “Faixa Rosa”, em todas as plataformas musicais, com destaque participação inédita esposa e também cantora Tays Reis.

Davi Brandão

Davi Brandão, jornalista com atuação no campo da Comunicação há 25 anos. Colunista do Tô na Fama/IG, teve passagem por importantes veículos, como Diário Comércio Indústria e Serviços (DCI), Shopping News, Panorama Brasil, Revista do Centro Empresarial, O Dia, Fashion a Porter, IG Gente, entre outros.
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