Cultura

Eduardo F. Filho estreia na Bienal de São Paulo

Jovem jornalista de 27 anos estreia na literatura com uma obra de suspense e mistério, resultado de cinco anos de escrita e pesquisa.

No último domingo (8), Eduardo F. Filho viveu um momento que ele mesmo descreveu como “abençoado e surreal”. O jovem jornalista, de 27 anos, lançou seu primeiro grande livro de suspense, “A Irmandade”, na Bienal do Livro de São Paulo. O evento superou todas as expectativas, e o estoque de livros foi esgotado durante a sessão de autógrafos, que precisou ser estendida devido à grande fila de leitores que aguardavam para garantir uma cópia autografada.

“Eu nunca imaginei que conseguiria esgotar o livro na Bienal, ainda mais em um único dia, e justamente durante a sessão de autógrafos”, contou Eduardo. Inicialmente prevista para durar das 14h às 15h, a sessão precisou ser prolongada em mais de uma hora para atender a todos os presentes. “A fila estava enorme, foi uma coisa de outro mundo. Tivemos que estender a sessão para garantir que todos fossem atendidos”, relatou.

O público que compareceu ao evento incluiu uma mistura de familiares, amigos e fãs que acompanham Eduardo em suas redes sociais, especialmente no TikTok, onde o autor compartilha experiências e curiosidades sobre temas de mistério e suspense. “Foi muito especial poder conhecer pessoalmente alguns dos meus seguidores do TikTok, gente que me apoia desde o início dessa jornada”, destacou. 

Na rede social, Eduardo já alcança mais de 11 mil seguidores narrando sobre como é morar em uma casa centenária onde situações estranhas acontecem. Ele até a chama de “casa de filme de terror”. 

No final do evento da Bienal, Eduardo compartilhou sua gratidão por todos que estiveram presentes. “Foi um momento muito especial. A Bienal sempre foi um evento importante para mim e para minha família, mas desta vez, estar do outro lado, como autor, foi uma experiência única”, comentou.

“A Irmandade”

Klaus Van Hattan está preso há dez anos por um crime que não se lembra de ter cometido. Ele foi condenado por assassinar seus pais e seu irmão quando tinha apenas 18 anos de idade e agora, prestes a completar 28 anos, a justiça lhe concedeu a possibilidade de responder pelo crime em liberdade condicional. Porém, ele precisará voltar a morar na mansão que foi palco do massacre brutal da sua família.

Ele sabe que, na residência, escondidos sob o piso de mármore, atrás das portas de madeira e no subterrâneo da casa, estão os segredos deixados por seu pai. Enigmas que apenas o herdeiro legítimo poderia desvendar. Mas será que eles podem ajudá-lo a responder à pergunta que o atormenta há dez anos?

A obra A Irmandade levou cinco anos para ser concluída, e Eduardo considera o livro uma mistura de ficção com suas vivências como jornalista. O ponto de partida para a criação da trama surgiu durante uma cobertura jornalística que o autor fez na clínica onde Andreas Von Richtofen estava internado. Após ser ameaçado por seguranças, Eduardo decidiu que iria transformar aquela experiência em um livro. A ideia resultou na construção de uma narrativa instigante, que mistura investigação criminal e mistério.

Embora Eduardo tenha consolidado sua carreira como jornalista, ele vê a escrita literária como um refúgio e uma forma de terapia. Para ele, a literatura sempre foi um espaço para expressar suas ideias de forma criativa, sem as limitações do trabalho cotidiano. “Escrever é uma terapia para mim. Mesmo depois de um longo dia de trabalho escrevendo como jornalista, ainda encontro energia para trabalhar nos meus livros”, afirmou.

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