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Cirurgião plástico Marco Aurélio Guidugli detalha tipos de reconstrução mamária pós-câncer

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, excluindo o câncer de pele não melanoma. Em 2023, foram registrados cerca de 66.280 novos casos. No entanto, o diagnóstico precoce e os avanços da medicina trazem esperança, qualidade de vida e autoestima às pacientes, antes, durante e após os tratamentos.

Cada caso é único, e a escolha do tipo de cirurgia depende de vários fatores, como o tamanho e a localização do tumor, o estágio do câncer e a saúde geral da mulher.  Dessa forma, é fundamental discutir o melhor planejamento de todas as etapas com o oncologista, sua equipe multidisciplinar, claro, e incluir outro profissional nesta fase: o cirurgião plástico.

“O procedimento reparador pode ser iniciado em dois momentos. A reconstrução imediata, que é feita durante a cirurgia (mastectomia) e permite que a paciente acorde com os seios reconstruídos – menos traumático. Em outros casos, postergamos o procedimento devido a outros empecilhos ou exames, podendo realizá-lo semanas ou até meses depois”, explica o cirurgião plástico Dr. Marco Aurélio Guidugli.

Entenda melhor:

De acordo com o Dr. Marco Aurélio, o objetivo dessas cirurgias é restaurar a forma, o tamanho e a aparência das mamas, proporcionando bem-estar emocional e físico às pacientes.

Entre as técnicas oferecidas estão: Implantes Mamários, Retalhos de Tecido, Expansores Teciduais e Reconstrução com Gordura Autóloga.

“Utilizamos um implante de silicone ou solução salina na reconstrução das mamas, um procedimento mais simples com a vantagem de o tempo ser mais curto para recuperação. Esse procedimento é indicado quando a pele e o tecido local foram preservados, mas, em alguns casos, com o passar do tempo pode existir a necessidade de troca ou ajustes dos implantes”, ressalta Guidugli.

Já para as pacientes que não desejam usar as próteses, o cirurgião plástico esclarece também que a reconstrução pode ser realizada com retalhos de tecido para construir a mama (pele, gordura até de músculo), que são retirados de outras áreas do corpo, por exemplo do abdômen e das costas. Apesar de promover uma aparência mais natural nas mamas, trata-se de uma cirurgia mais complexa em relação à recuperação e ainda as cicatrizes da área afetada não serão removidas.

O Dr. Marco Aurélio é otimista em relação aos avanços da medicina para as pacientes com câncer de mama. Além dos exemplos citados, o expansor tecidual seguido de implante é ideal para quem fez mastectomia e tem pouca pele na região. Esse expansor é colocado sob a pele ou o músculo da paciente e, gradualmente, é inflado com solução salina para expandir a pele até que haja espaço suficiente para um implante definitivo.

É possível também reconstituir a aréola e o mamilo usando técnicas de tatuagem médica ou enxerto de pele. No entanto, a decisão sobre o tipo de reconstrução deve ser feita em conjunto com uma equipe multidisciplinar que acompanha o caso, levando em consideração todos os fatores emocionais e físicos da paciente”, finaliza o cirurgião plástico.

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