Se antes as produtoras se “matavam” para colocar o seu artista num programa de TV ou de rádio, atualmente a coisa mudou. Não que se tornaram obsoletos, já que continuam sendo os principais meios de comunicação. Porém, hoje as redes sociais e plataformas de música estão mais presentes no dia a dia do cidadão comum.
Assim como em todos setores, o mercado musical vem se transformando por conta das revoluções tecnológicas que afetam o comportamento das massas. Para Thiago Gaúcho, empresário do ramo musical que trabalha há 19 anos no mercado, as formas de lançamentos foram alteradas com as ferramentas que mudaram as maneiras de produzir e consumir.
“A grande verdade é que o digital ganhou força no entretenimento em meados de 2015. De lá para cá o mercado musical se alterou muito, principalmente em relação ao investimento em produções e lançamentos direcionados para a internet. O público mudou, as formas de se comunicar mudaram e a forma de trabalhar a visibilidade artística também”, conta.
Se antes as produções eram feitas pensando em trazer as atenções pelos clipes e apresentações de TV, hoje em dia existem trabalhos específicos de engajamento, como as tags, trabalhos de pré-lançamento nas redes sociais, collabs e outras campanhas direcionadas específicas e bem criativas para o público.
E isso não muda quando falamos do mercado sertanejo. Tradicional nos programas de rádio, o gênero foi um dos que mais foi influenciado por essa nova forma de se produzir. De acordo com dados do Spotify, dos cinco principais artistas mais ouvidos em 2021, quatro são cantores do sertanejo.
“É preciso criar estratégias. O digital permite que artistas conhecidos e desconhecidos consigam disputar espaços em plataformas digitais, desde que o marketing musical seja bem estruturado e direcionado. E esse mercado sofre muitas mutações. As plataformas de hoje, não necessariamente serão as vitrines principais de amanhã”, reforça Thiago.
Com TikTok, YouTube e outras, o digital veio muito forte principalmente durante o período de pandemia. Nesse tempo, as plataformas de áudio e vídeo foram fundamentais para novas inserções, modificando os trabalhos de marketing e permitindo uma crescente de artistas regionais. Dessa forma, agora não necessitam inteiramente dos veículos de rádio e TV para alcançar um público ainda maior e serem reconhecidos em todo o Brasil.