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A cura começa pela comunicação: por que aprender a falar — e ouvir — transforma feridas emocionais?

Comunicação: do relato à reconstrução

Por Redação

Se a comunicação molda sociedades, ela também molda identidades. A forma como dizemos quem somos, ou nos calamos, influencia relações, escolhas e até o que acreditamos sobre nós mesmos. Por isso, entender a palavra como ferramenta de organização emocional tem ganhado força entre especialistas. Entre eles está Raquel Rocha, comunicadora com 15 anos de experiência no jornalismo televisivo, que hoje dedica sua expertise a mostrar como a comunicação pode ser capaz de transformar vidas de dentro para fora.

Como especialista em comunicação, consultora e psicanalista clínica, Raquel desenvolveu ao longo dos anos uma compreensão singular sobre o poder da palavra na vida emocional. A ideia de que “a cura começa pela comunicação” surge da combinação entre sua formação técnica, sua escuta atenta e sua capacidade de interpretar, com profundidade, os movimentos internos que se revelam na fala e também no silêncio.

“A comunicação revela onde a pessoa está internamente. A forma como ela se coloca no mundo, como escolhe palavras, como silencia… tudo isso é um mapa emocional”, explica.

Comunicação: do relato à reconstrução

Segundo estudos de comportamento humano, até 93% da comunicação é não verbal, e padrões de discurso podem indicar níveis de insegurança, trauma e estrutura emocional. Esse tipo de leitura, comum entre especialistas, é rotina para Raquel, que durante 15 anos viveu o “campo de batalha” do jornalismo: rua, improviso, entrevistas e narrativas complexas.

Essa vivência, afirma ela, desenvolveu competências que hoje fazem diferença nos atendimentos: leitura fina de expressões, precisão na escuta e capacidade de sintetizar histórias em linguagem clara. “Trabalhar com jornalismo é trabalhar com versões de mundo. Aprendi a ouvir o que é dito, e o que é evitado”, explica.

O impacto emocional das falas do cotidiano

Ao migrar para a comunicação assertiva, Raquel percebeu que mulheres de diferentes perfis apresentavam padrões semelhantes:

•dificuldade de dizer “não”;

•excesso de desculpas;

•falas hesitantes;

•justificativas compulsivas;

•medo de se posicionar.

Pesquisas recentes apontam que esses comportamentos estão associados a experiências de desvalorização e insegurança adquiridas ao longo da vida. Para Raquel, eles são sinais claros de feridas emocionais que se expressam na forma de comunicar.

“Uma comunicação frágil sustenta uma identidade frágil”, afirma. “Quando uma mulher recupera a própria voz, ela reorganiza sua vida.”

A atuação de Raquel Rocha evidencia um ponto cada vez mais claro no campo da saúde emocional: comunicar não é apenas expressar, é reorganizar. Ao unir técnica, sensibilidade e leitura apurada do comportamento, ela mostra que transformar a fala é também transformar a forma como cada pessoa se relaciona consigo e com o mundo. Em um momento em que tantas mulheres buscam clareza e fortalecimento interno, sua abordagem se destaca como um caminho eficaz, simples e profundamente humano.

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