
Ex-cantor pop rock e sertanejo, dono de casa de eventos e destaque em festivais nacionais, Augusto Ribeiro, antes conhecido como Guto Ribeiro, viveu os extremos da fama e da fé. Sua história atravessa os palcos lotados do Ceará Music, os holofotes da Jovem Pan, divisão de palco com Black Eyed Peas e Bruno & Marrone, até o momento em que tudo perdeu o sentido.
“Eu conquistei tudo muito cedo, mas percebi que o dinheiro não preenche o vazio da alma. Descobri que a verdadeira virada acontece quando você encontra seu propósito”, afirma.
Após o colapso do pop rock no mercado, Augusto migrou para o forró e o sertanejo, estilo que o levou a grandes festas populares, como o São João de Maracanaú e o aniversário de Fortaleza, onde se apresentou para mais de 240 mil pessoas. No entanto, mesmo no auge, sentia um vazio profundo. A verdadeira virada começou nove anos atrás, quando teve seu primeiro contato com a fé cristã dentro de uma igreja. “Ali, comecei a entender que o que faltava na minha vida era Deus”, relembra. Já durante a pandemia, com a carreira musical desacelerada e os efeitos da crise mundial, ele decidiu abandonar de vez os palcos seculares, lançou seu primeiro livro e iniciou sua trajetória como cantor gospel.
Essa mudança se estendeu para seu casamento, marcando o início de uma nova fase. O casal reconciliou-se e, mais do que isso, encontrou uma missão em comum: ajudar outros casais. Foi assim que nasceu o projeto “Até que a Morte Separe”, um ministério com cursos, congressos e mentorias voltado à restauração de famílias. “Hoje, meu maior desejo é ver vidas transformadas. Nada me alegra mais do que ver um casamento à beira do fim ser restaurado pelo amor e pela fé.”
Desde então, Augusto abandonou definitivamente a música secular. Em 2020, durante o isolamento, ele encerrou sua carreira como cantor secular, desligou-se do empresário e lançou seu livro. Hoje, é cantor gospel, pregador e mentor de casais no Brasil e no exterior, alcançando milhares de famílias com sua história de superação.
Não só isso, a mudança foi radical, alcançando seu próprio nome artístico, ao deixar de usar “Guto Ribeiro” para retomar seu nome de batismo. “Deus me lembrou que fui criado como Augusto, consagrado a Ele. Descobri que Guto significava apenas uma derivação, mas Augusto carrega propósito. E é com esse nome que sigo minha missão”, conclui.