
Nascida Manoella Luna, a cantora e performer MaLuna encontrou na junção de apelidos familiares o nome artístico que hoje carrega com orgulho. A escolha foi também uma forma de se destacar artisticamente num cenário já povoado por muitas “Manuelas” e “Manus”, optando por algo único, sonoro e memorável e desde cedo envolvida com as artes, a jovem nascida e criada na região de Interlagos, na capital paulista, cresceu entre apresentações de dança, teatro e balé, até que um grave problema de saúde entre os 8 e 12 anos interrompeu sua trajetória artística. No entanto, aos 16 anos, ela reencontrou seu caminho quando ao ser incentivada por uma cantora que admirava, decidiu voltar a cantar. “ Por toda dificuldade que eu tinha passado, eu acabei deixando isso de lado, mas naquele momento, eu olhei pra ela e falei: por que eu parei? Só porque eu fiquei doente? Porque agora eu já estou bem, então, eu posso voltar.”
Seu retorno à arte foi marcado por superação, fé e determinação. Estreando nos palcos em plena retomada pós-pandemia, MaLuna não teve um começo discreto, já que sua primeira apresentação foi abrindo o show de Gloria Groove, para mais de 10 mil pessoas. A força de sua presença cênica contrastava com a timidez inicial, superada rapidamente pela energia do público e pela adrenalina do momento, e a recepção calorosa selou o seu destino. “Eu subi doente, com febre, a garganta tampada, mas quando entrei no palco, a febre sumiu. Eu fiz o show inteiro e foi o melhor da minha vida e ali eu falei… eu amo isso! E voltei pro palco.”
Com apenas 22 anos, MaLuna já acumula milhões de visualizações no YouTube e projeta um futuro promissor e acredita na força da música como cura e conexão, e enxerga nela sua missão de vida. Essa visão, inclusive, foi o elo com sua antiga vontade de ser psicóloga, profissão que considerou durante a adolescência. “Eu queria curar as pessoas e depois percebi que dava para fazer isso com música também. A música entra onde ninguém consegue entrar, pois ela toca você onde ninguém pode tocar”
Apesar das conquistas, a caminhada até aqui não foi fácil. O início da carreira foi marcado por desafios emocionais, especialmente diante da exposição pública e hoje, MaLuna lida com isso com maturidade e leveza. O amadurecimento veio com o reconhecimento, e sua segurança artística cresce a cada passo. “No meu primeiro clipe, eu pesava 20 quilos a mais e recebi uma enxurrada de comentários pesados. Eu só tinha 16 anos e chorava apagando um por um. Comenta aí, curte, dá like, dá dislike, eu já não ligo mais.”
Espontânea e criativa, MaLuna revela que seu processo de composição é imprevisível. Seu próximo lançamento, “Conto da Maluna”, esperado para daqui a dois meses, é um reflexo dessa entrega intuitiva e com o coração voltado para a arte e os pés firmes no palco, ela deixa um conselho a quem sonha. “Não desista. A vida tem altos e baixos, mas tudo que você faz com constância, fica bom. Daqui a 10 anos, me vejo com carreira nacional e talvez mundial, cheia de projetos incríveis, parcerias com artistas que admiro, por isso viva sua vida, ela é sua. Vai ser feliz!”