A vida de Leo Arann daria um filme. Ou melhor: uma moda de viola daquelas bem tradicionais do Sul, com drama ponteado pela sanfona e alegria e empolgação suficientes pra virar a noite dançando. É dessa maneira que o catarinense prefere contar sua história como cantor sertanejo e músico por esse brasilzão.
Nascido em Chapecó, em 1986, Leo despertou para a música logo cedo, antes dos 10 anos. Filho de cantor tradicional do Sul, curtiu a infância ouvindo o pai e os amigos. Dali para a própria carreira foi rápido como um acorde. Aos 12, já dividia os palcos com os adultos, tocando o teclado que aprendeu sozinho, de orelhada. “Sou autodidata. Fui aprendendo de ouvido, melhorando, perturbando todo mundo. Sinto que nasci pra isso”, diz.
De bar em bar, de festa em festa, Leo conta que tocou em quase todos os lugares de Chapecó. Foi quando decidiu se mudar de mala, cuia e teclado para a noite paulistana, há 18 anos. “Fui levar meu repertório de xote, vaneira e sertanejo para outro público. Sentia que precisava de um grande centro pra fazer minha carreira decolar”.
E a decisão de trocar de estado se mostrou acertada logo de cara. Em 2007, aos 21 anos, foi descoberto e convidado a participar do Country in Star, um quadro do programa Terra Nativa, da Band, apresentado por Guilherme & Santiago. Um reality show dos primórdios, uma espécie de pai do “Ídolos”. “Fui top five do programa. E tinha muita gente boa concorrendo. Foi quando vi que estava no caminho certo”, lembra Arann.
Desde então, Leo trilha carreira solo no sertanejo. Consolidou-se no mercado paulista como cantor, compositor e músico. Além do teclado, estudou sozinho violão, guitarra e arranha na sanfona.