Não é novidade que as criptomoedas revolucionaram os sistemas financeiros ao redor do mundo. A aceitação desses ativos é cada vez maior por parte dos investidores, seja pela rentabilidade que costumam entregar ou pelo apelo tecnológico e pelas diversas possibilidades de utilização que oferecem, como as Finanças Descentralizadas, ou DeFi (Decentralized finance).
Ao realizar uma operação financeira no mercado tradicional, como aplicações ou empréstimos, por exemplo, há sempre a necessidade de intermediários, como bancos ou corretoras do mercado financeiro. Esse caminho costuma ser caro e burocrático, além de envolver confiar que o intermediário realizará o que se espera.
Operações DeFi são uma forma de resolução para os problemas encontrados nos mercados tradicionais. DeFi consiste em um conjunto de protocolos que atuam na blockchain e são capazes de oferecer os mesmos serviços financeiros, porém totalmente descentralizada, ou seja, eliminando os intermediários. DeFi tem revolucionado a maneira como as pessoas lidam com o dinheiro, sendo mais eficiente, transparente e menos burocrático.
A chave está nos contratos inteligentes
A grande sacada aqui está na possibilidade de criação de contratos inteligentes, os Smart Contracts. Eles são a base do funcionamento das finanças descentralizadas.
Contratos inteligentes são protocolos autoexecutáveis, que contém regras pré-definidas e funcionam basicamente de maneira orgânica. Sempre que uma condição do contrato for atendida, ele é executado. Esses contratos simplificam as transações financeiras além de serem seguros.
O precursor dessa ferramenta foi o Ethereum. A empresa foi a primeira a notar um potencial inexplorado na tecnologia das redes de blockchain, não se limitando apenas ao envio e recebimento de valores, mas que pudesse ser totalmente programável, possibilitando aos programadores a criação dos contratos, aplicativos descentralizados, tokens, entre outros. Não à toa a plataforma tem a segunda moeda mais forte do criptomercado, ficando atrás apenas do Bitcoin. O valor do Ethereum hoje está acima dos 3 mil dólares. (Cotação na data de 19/03/2024).
O segmento é bastante promissor, pois, além de todas as possibilidades que oferece, o fato de não precisar de um intermediário para a realização de operações financeiras complexas reduz drasticamente os custos, tornando esses serviços muito mais acessíveis ao público.
Veja alguns tipos de operações possíveis com DeFi:
- Empréstimos
As finanças descentralizadas permitem a realização de empréstimos de criptomoedas e também de outros ativos digitais. Os empréstimos são realizados diretamente entre as partes, sem necessidade de nenhum intermediário, inclusive as taxas das operações também são combinadas entre as partes, sendo que tudo é gerenciado e garantido por meio dos contratos inteligentes.
- DEX (Decentralized Exchange)
Outra forma de transação possível é o que se conhece como “troca descentralizada”. Essas exchanges são corretoras que viabilizam plataformas para que usuários troquem seus ativos digitais de maneira fácil, rápida e descentralizada, ou seja, diretamente entre si.
- Stablecoins
Stablecoins são criptomoedas projetadas para manter um valor estável, sempre atreladas a outro ativo real, como moedas fiduciárias como o Dólar ou o Euro, por exemplo. Esses ativos permitem aos investidores gerarem exposição simultaneamente ao criptomercado e às moedas fiduciárias. Stablecoins são amplamente utilizadas para realização de transações em DeFi.
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