Formado em medicina na Universidade Federal de Fortaleza, sua jornada o levou a especializar-se em ginecologia obstétrica, com um enfoque marcante na saúde trans.
Reconhecendo a escassez de conhecimento e de profissionais focados nessa área, o Dr. Marcelo Praxedes explica como a transfobia estrutural se estende ao campo da medicina. Sua própria identidade como homem gay o conecta de maneira única com a comunidade trans, motivando-o a buscar maneiras de contribuir.
“Existe, ainda, um desconhecimento sobre as questões de saúde relacionadas a esses grupos, e poucos profissionais que trabalham nessa área. Então, assim como nas sociedades existe essa transfobia estrutural, existe também dentro da medicina e eu acho que eu por ser homem, gay, então eu tenho esse vínculo maior com a comunidade e foi uma das coisas que me fez pensar assim, gostaria de querer poder ajudar, gosto de participar.”
Sua trajetória inclui uma residência em ginecologia obstétrica na USP de Ribeirão Preto e um doutorado na USP de São Paulo, refletindo sua busca por conhecimento e sua paixão pela cirurgia e cuidados trans. Dr. Marcelo destaca a importância da personalização nos protocolos de tratamento, garantindo que cada paciente se sinta verdadeiramente compreendido.
Seu compromisso com a saúde ginecológica é amplamente evidente, estendendo-se desde o atendimento em seu consultório até sua atuação no Hospital das Clínicas, onde se dedica a cuidar dos aspectos clínicos e cirúrgicos da população transsexual. No entanto, ele também ressalta os desafios enfrentados, incluindo as dificuldades de acesso às cirurgias trans pelo Sistema Único de Saúde (SUS).