No cenário contemporâneo, o declínio da libido nas mulheres acima dos 40 anos tem se tornado uma questão cada vez mais relevante. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que cerca de 30% das mulheres nessa faixa etária enfrentam desafios relacionados à diminuição do desejo sexual, impactando significativamente sua qualidade de vida e bem-estar.
Apresentando uma visão especializada sobre o tema, a Dra. Ana Paula Leal, renomada médica especializada em ginecologia e obstetrícia, traz insights valiosos sobre os principais fatores bioquímicos e hormonais associados ao declínio da libido nas mulheres mais velhas.
Ana Paula destaca que a menopausa desencadeia alterações hormonais significativas, com a diminuição da produção de estradiol pelos ovários sendo um dos principais responsáveis pelo ressecamento vaginal e diminuição da lubrificação durante o ato sexual. Esses sintomas, somados a ondas de calor, alterações de humor e insônia, contribuem para a redução do desejo sexual nesse grupo etário.
Além das questões hormonais, a Dra. Ana Paula ressalta que o estresse, as expectativas sociais e as demandas do cotidiano exercem um papel crucial na queda da libido em mulheres acima dos 40 anos. O cansaço físico e emocional resultante da sobrecarga de atividades familiares e profissionais muitas vezes leva as mulheres a relegarem a vida sexual a segundo plano, afetando sua autoestima e confiança.
Diante desse panorama desafiador, ela também enfatiza a importância de abordagens terapêuticas abrangentes para restaurar ou manter a libido em mulheres com idade avançada. Além da reposição hormonal com estradiol, testosterona e progesterona, ela destaca a relevância de práticas não farmacológicas como atividade física regular, alimentação balanceada e suporte psicológico. A individualização do tratamento é essencial, considerando possíveis interações medicamentosas que podem afetar a libido.
Em suma, a queda da libido em mulheres acima dos 40 anos é um tema complexo que envolve múltiplos fatores hormonais, emocionais e sociais. Com orientação especializada e um enfoque holístico no tratamento, é possível promover uma melhora significativa na qualidade de vida sexual dessas mulheres, permitindo-as desfrutar plenamente de sua sexualidade madura.