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‘Doenças têm cheiro?’: entenda como certos odores evidenciam como anda a sua saúde

Diabetes, febre tifóide, doença de Parkinson e febre amarela são alguns exemplos de enfermidades que sinalizam um alerta.

Sabemos que algumas pessoas possuem a habilidade de sentir cheiros distintos, como o da barata, que nesse caso lembra a decomposição encontrada em animais marinhos e outras matérias, graças a uma substância chamada trimetilamina (TMA). Outra espécie expert em decodificar cheiros são os cães que, como farejadores natos, também conseguem provar o odor de drogas lícitas e ilícitas, emoções como o estresse e doenças  habilidade essa que, inclusive, é usada em biodetecção para diagnósticos precoces.

 

Mas você sabia que os seres humanos também possuem a capacidade de verificar outros cheiros?

 

Como relacionado, algumas pessoas sentem o cheiro de baratas, mas isso é uma percepção genética, na qual há uma alteração de genes em quem não sente o cheiro. No caso das doenças, a assimilação é parecida, já que os corpos emitem compostos orgânicos voláteis (COVs) que podem mudar com o estado de saúde, ou seja, esses compostos são liberados e fervem à temperatura ambiente, evidenciando o que somos e o quão saudáveis estamos.

 

Embora pareça novidade, desde os primórdios na Grécia Antiga já se podia realizar esse tipo de avaliação pelo odor, já que o exame de sangue é uma ferramenta de sofisticação do tempo e da tecnologia. Se eles sentissem o hálito de um paciente e descrevessem como fetor hepaticus (“fígado ruim”), isso significava que a pessoa poderia estar com insuficiência hepática. Além disso, se o hálito de uma pessoa fosse doce ou frutado, os médicos acreditavam que isso afirmava que os açúcares do sistema digestivo não estavam sendo decompostos e que a pessoa provavelmente tinha diabetes.

 

Eles estavam totalmente certos, pois com o avanço da medicina comprovou-se que essas doenças e outras infecciosas tendem a alterar o hálito. Essas substâncias gasosas são as chamadas COVs, que mais tarde foram encontradas em centenas delas em nossa respiração, muitos dos quais não são perceptíveis ao nariz. Os COVs da pele são o resultado de milhões de glândulas que removem resíduos metabólicos do corpo, bem como resíduos gerados por bactérias e outros micróbios que vivem nela, o que facilita a obtenção de um diagnóstico.

 

Apesar disso, algumas determinações também são feitas através das fezes e da urina.

 

A partir dos odores, é possível perceber ainda a doença de Parkinson, descoberta graças a uma mulher chamada Joy, que relatou conseguir sentir o cheiro característico em seu parceiro antes dele ser diagnosticado em 2005. A febre amarela faz com que a pele cheire a talho, e a febre tifoide tende a cheirar como pães frescos.

 

É sempre recomendado procurar ajuda médica caso haja alguma alteração repentina no olfato, pois há condições que provocam mudanças, como a parosmia, que causa uma distorção em cheiros agradáveis, tornando-os “podres”; a fantosmia, que detecta algo que não está presente no ambiente e pode ser sintoma de condições neurológicas, como um acidente vascular cerebral (AVC); e a hiperosmia, que causa o aumento da capacidade de sentir cheiros, podendo estar presente em condições como esclerose múltipla e doença de Lyme.

Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.

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