A galeria Filomena do hotel Rosewood São Paulo apresenta até o próximo dia 21 de setembro, a exposição “Origem, Força e Poder”, da artista plástica Neida Freitas Aboud. A mostra reúne obras que une arte e sustentabilidade, evidencia peças autorais da Chames Bio, com a inclusão de criações exclusivas que homenageiam Filomena Matarazzo, a matriarca que dá nome à galeria do suntuoso hotel.
Entre arte, arquitetura, design, luxo, hospitalidade e sustentabilidade, a exposição celebra não apenas a arte em forma de biojoias, mas também a força e a história de três mulheres: Neida Freitas Aboud, fundadora da Chames Bio; Chames Aboud, cujo nome inspira a marca; e Filomena Matarazzo, matriarca da família italiana que construiu o Hospital Matarazzo em 1.904, em um terreno de quase 30 mil metros quadrados que hoje abriga o complexo Cidade Matarazzo.
A mostra é um manifesto de como a arte pode ser um agente de transformação e poder ao celebrar a força feminina e retrata um mergulho na conexão entre elas e o processo criativo que dá vida às biojoias da Chames Bio; a marca carioca, que traduz a brasilidade em sua essência, não se limita a produzir acessórios; ela os concebe como formas de empoderamento, integrando pesquisa histórica e significado simbólico em cada peça.
A “Origem, Força e Poder” traz 25 colares expostos que simbolizam essa presença feminina forte, com desenhos únicos concebidos a partir de um processo altamente intuitivo. “Que têm por trás minha ancestralidade, meu interesse por história, por museu e por moda”, explica Neida. “Espero que as peças despertem desejo, poder, presença. Essa presença que a gente precisa alavancar na nossa vida pessoal”, completa a designer.
Um dos destaques é o colar Sol do Líbano, a peça-mãe do ateliê, reconhecido como obra plástica pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, que combina seda, metal e murano em uma síntese perfeita de beleza e significado – e que leva esse nome porque Chames significa Sol. “O desenho da pedra tem vários sentidos, como a arte. Tem quem enxergue dois corações e duas setas. E eu enxergo eternidade”, comenta Neida.
A artista plástica também criou peças exclusivas para a exposição: os colares Filomena, batizados em homenagem à matriarca que dá nome à galeria. São duas peças utilizando a técnica do ponto básico do crochê em seda, com aplicação de micro pérolas cultivadas em água doce. “A partir desse ponto, todos os outros foram desenvolvidos. Como o útero, a partir da mulher, tudo nasce. Então, usar esse ponto se conecta com o surgimento da humanidade”, ressalta a artista.
A artista
A exposição foi idealizada pela artista plástica Neida Freitas Aboud, cabocla amazônica, como se autodefine, natural de Belém, no Pará, que mudou-se para o Rio de Janeiro há 17 anos. Em 2020, a auditora de compliance resolveu se arriscar em um novo propósito: com seda, metais e pedras naturais nas mãos, foi desenvolvendo, de forma autodidata, colares que contavam histórias.
Para batizar o novo negócio, resgatou as memórias da tataravó paterna de sua filha, a libanesa Chames Aboud, que no início do século 19 deixou o Líbano em direção ao Brasil em busca de oportunidades, deixando para trás marido e filhos e, aqui, construiu um legado de sucesso no mercado empresarial do Maranhão.
Neida Freitas Aboud é a personificação de uma conexão viva entre a herança cultural, a sustentabilidade e o empreendedorismo feminino. Como fundadora, diretora criativa e designer da Chames Bio, Neida tem como missão não apenas criar biojoias inovadoras, mas também resgatar histórias e fortalecer as raízes culturais.
Serviço – Exposição “Origem, Força, Poder”
Datas: de 1 de julho até 21 de setembro de 2024.
Local: Galeria Filomena – no corredor lateral ao lobby do Hotel Rosewood São Paulo (Rua Itapeva, 435, Bela Vista).
Classificação etária: livre.
Entrada franca.
