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Felipe Campus conta as alegrias e perrengues de ser influenciador

Quando alguém vê as postagens de um influenciador digital só consegue imaginar a vida de ‘luxo’ que eles vivem. Mas nem sempre é assim, e os bastidores das publicações, na maioria das vezes é cheia de perrengues e confusões.

O influenciador plus size Felipe Campus conta que já sofreu muito fazendo posts publi. Por não estar ‘dentro do padrão da sociedade de beleza’, o jovem conta que já sofreu gordofobia em muito bastidor de comerciais e publicações.

“Eu já passei por muitos perrengues como influenciador e por ser como sou, como: ir fazer uma publi em restaurante e chegando lá não quererem me servir por acharem que eu ia comer demais. Já sofri gordofobia demais por falar de restaurantes de comidas mais saudáveis e eu ser gordo”, conta Felipe.

Mas não é só o ramo alimentício que vive pegando no pé do influenciador. Ele conta que já teve que ficar mais de 12 horas em pé fazendo achadinhos em shoppings. Assim como teve que levar pelo menos cinco looks diferentes para gravar em uma mesma loja porque o cliente não queria o receber por seu porte físico.

Felipe conta que também já sofreu homofobia em uma loja de surf e se sentiu muito humilhado por isso. “É muito perrengue, ninguém vê”, relembra o influenciador.

Para aquelas pessoas que estão ‘dentro do padrão’ a vida parece ser mais fácil. Mas ele não desiste e segue em frente realizando seus trabalhos. Trabalhos esses que o levaram participar de comerciais do Itaú, TIM, Casa & Vídeo e muitas outras marcas famosas.

Mas para ele, a profissão de influenciador digital é pouco valorizada e tem pouquíssimos momentos de luxo. “É uma carreira ‘prostituída’, não nos dão valor”, conta Felipe.

Tudo na vida dele começou a mudar quando em 2017 foi convidado a fazer parte do corpo de ballet da cantora Anitta. Começou a ganhar muitos seguidores por conta desse novo trabalho e percebeu que estava entrando em um novo mundo, completamente desconhecido.

Dali o mundo se abriu, recebeu convites para modelar, desfilar, conhecer restaurantes e marcas famosas. “Resolvi me aperfeiçoar, conhecer da plataforma até para saber onde eu estava pisando, e nunca mais parei! “, revela.

Hoje Felipe conta com mais de 120 mil seguidores no Instagram e quase 80 mil no TikTok. É um sucesso total. E usa suas plataformas para mostrar que gente gorda também pode ser feliz.

“Não existe mágica, por mais que existam as publis e todo trabalho de imagem e som, o que faz chegar nas pessoas e o seu jeito de ser mesmo, é o seu dia a dia, a maneira que você se coloca quando não está fazendo as publis! Mas eu sempre acho que posso usar o humor. Meus seguidores me mandam mensagens dizendo que precisam de uma dose do meu perfil para que possam aguentar o tranco do dia”, finaliza Felipe.

Rodrigo Teixeira

Repórter com mais de 13 anos de carreira. Formado em jornalismo pela Estácio de Sá e pós graduado em Metodologia do Ensino Superior pela Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Elerj). Com experiência em diversos segmentos do jornalismo, entre eles, no meio corporativo, artístico, e no poder público. Com passagem pelas redações dos maiores portais de internet do país, inclusive á produziu conteúdo para o portal iG. Experiência de gestão, redação e projetos especiais para o on-line dos Jornais O Dia e Meia Hora. Web Repórter da Rede TV, na sucursal do Rio de Janeiro e correspondente do programa "Tô na Fama", da Rede TV do Tocantins.
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