Felipe Simas, ator da novela Dona de Mim, da TV Globo, abriu o coração ao falar sobre o processo de conversão à fé evangélica e os desafios que enfrentou para assumir publicamente suas crenças. Em entrevista à Quem, ele detalhou a jornada espiritual que começou em 2015, logo após sua participação em Malhação, mas que ele demorou a compartilhar com o público.
De acordo com Simas, a decisão de tornar sua conversão pública não foi impulsiva. Ao contrário, foi precedida por um longo período de reflexão, pois ele tinha receio de ser incoerente e ser visto como alguém que se aproveitava da fé para aparecer. “Senti algo no meu coração”, contou o ator, destacando que o momento de falar sobre sua crença só veio quando ele se sentiu maduro o suficiente para lidar com isso de maneira verdadeira.
Simas revelou que o ponto de virada aconteceu quando recebeu um convite para participar de um talk show do pastor Fragali, da Nova Igreja, durante sua participação na novela Segunda Chamada. Até então, ele nunca havia falado publicamente sobre sua fé. O convite, segundo ele, foi um sinal claro de que era hora de se abrir. “Eu detesto ser hipócrita, detesto ser incoerente”, disse ele, explicando que o convite foi o empurrão que ele precisava para dar esse passo.
Embora tenha visto muitas pessoas se converterem e rapidamente se posicionarem publicamente, o ator observou que alguns acabavam se afastando da fé logo depois. Essa percepção fez com que ele fosse cauteloso ao longo do tempo, mas o amadurecimento espiritual lhe deu a confiança para se abrir. “Eu senti que aquele momento era uma abertura que eu tinha”, comentou.
Sobre a relação entre fé e profissão, Simas afirmou que nunca sentiu que sua crença religiosa entraria em conflito com sua carreira artística. “Eu não estou aqui para quebrar a cabeça de ninguém e impor o que eu acredito. Mas se eu puder dialogar, ótimo”, declarou. Para ele, o respeito mútuo é o mais importante, e a fé não precisa ser imposta.
Simas também refletiu sobre os medos que teve no início. Ele acredita que o receio de ser mal interpretado vinha de uma falha de comunicação sua, e não de preconceito por parte das outras pessoas. “Quanto mais me abro, mais receptivas as pessoas ficam ao diálogo. Eu não sou o dono da verdade, pelo contrário. Eu preciso de Cristo”, explicou.
Com o tempo, o ator se deu conta de que sua maturidade espiritual não interferiu na sua carreira e que a vulnerabilidade e disposição para o diálogo são qualidades que ele aplica tanto na vida profissional quanto pessoal. Para ele, a fé não é algo que deve ser escondido, mas sim algo que deve ser compartilhado com quem estiver aberto a ouvir.
