São Paulo, maio de 2023 – De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, mais de 3.5 milhões de brasileiros consumiram algum tipo de droga ilícita recentemente. Dados como esse são preocupantes, visto que o uso dessas substâncias traz inúmeras consequências graves à saúde. Segundo uma pesquisa da OMS, cerca de 6% da população brasileira atual tem alguma dependência química.
Guilherme Mascena, há alguns anos, fazia parte dessa estatística. O jovem, com atualmente 34 anos, precisou chegar ao fundo do poço para se reerguer.
Depois de quase perder a vida por conta do vício, decidiu se internar, voluntariamente, em uma clínica para se tratar e voltar à sociedade. “Tomar a decisão de recorrer a esse suporte pode ser difícil, mas o tratamento de dependência química deve ser visto como uma oportunidade de resgate e, posso afirmar, com certeza, que foi o meu resgate”, conta Guilherme.
Em tratamento Guilherme, teve acompanhamento com psicólogos, psiquiatras, terapeutas e outras atividades dentro da clínica.
Após o tratamento, Guilherme voltou para casa, mas não se sentia seguro, pois tinha medo da recaída. Com isso e também, por ter perdido o emprego em que trabalhava antes do tratamento, resolveu tentar um trabalho na clínica e conseguiu.
“Eu aprendi um pouco de tudo dentro da clínica, passei por várias áreas e me sentia muito em casa”, foi um divisor de águas na minha vida. Sou muito grato ao meu sócio e toda equipe que me recebeu quando cheguei precisando de ajuda, conta.
Após alguns meses, um dos donos da clínica estava indo embora do Brasil e Guilherme viu a oportunidade perfeita. Resolveu comprar o estabelecimento, pois sabia que a missão de sua vida era continuar ajudando da mesma maneira que foi ajudado.
Com isso, há dois anos, Guilherme se tornou CEO do Instituto Radar Brasil. “Com a convicção de que é preciso preservar o estado natural da existência humana, valorizando o ser inteligente, sensitivo e muitas vezes cerceado de atributos pessoais, eu e meu sócio Wagner Pádua aplicamos o projeto que busca respeito, preservação e sustentabilidade nos espaços de convívio”, explica Mascena.
O instituto é um centro de tratamento que possui método dinâmico e tem por objetivo reproduzir a vida como ela é em sociedade. Isso exige modernização contínua para oferecer o que existe de mais atual no que se refere ao conhecimento científico aplicado à dependência química e saúde mental.
Presente e Futuro
Atualmente, Guilherme utiliza tanto a clínica e as suas redes sociais como criador de conteúdo, que contam com mais de 70 mil seguidores, para falar sobre sua história de vida, sobre a dependência química e influenciar as pessoas a seguirem pelo caminho certo.
Além disso, com o objetivo de conseguir ajudar ainda mais pessoas, Guilherme e Wagner iniciaram um projeto para abertura de um Hospital Especializado em Dependência Química, pois assim conseguirá realizar atendimentos 24hs por dia e contar com mais pessoas para continuar construindo nosso sonho.
“O objetivo do hospital é conseguirmos atender muito mais pessoas. Sabemos que o número de dependentes químicos só cresce no Brasil e sair dessa situação é bem complicado. Quero usar a nossa história, o hospital e também a minha influência para ajudar aqueles que mais precisam e sofrem muito preconceito da sociedade’, finaliza Guilherme.