
O mês de julho reserva uma série de fenômenos astronômicos visíveis a olho nu que devem chamar a atenção de curiosos, astrônomos amadores e apaixonados pelo céu. Um dos primeiros destaques aconteceu no dia 5, com a Lua Nova em Câncer, marcando o início de um novo ciclo. Durante essa fase, o céu fica mais escuro e é ideal para observações de estrelas e constelações, já que a ausência da luz lunar proporciona mais nitidez ao firmamento.
Outro evento interessante será a aproximação entre a Lua e Saturno, que ocorre na madrugada do dia 24. O planeta dos anéis poderá ser visto próximo à Lua, oferecendo um belo alinhamento para quem observar a leste, logo antes do amanhecer.
Esse tipo de conjunção não é rara, mas sempre atrai olhares por sua beleza e pela oportunidade de ver Saturno sem a necessidade de telescópio. Em noites com céu limpo, o planeta se destaca como um ponto brilhante e amarelado.
A chuva de meteoros Delta Aquarídeos também deve marcar presença este mês, com pico previsto para a noite de 21 para 22 de julho. Essa chuva, embora mais discreta do que outras mais conhecidas, como as Perseidas, pode apresentar entre 10 e 20 meteoros por hora em locais afastados das luzes urbanas. Os meteoros são fragmentos deixados por cometas que entram na atmosfera da Terra e se queimam, criando os riscos luminosos que tanto encantam.
Marte estará em destaque, atravessando a constelação de Gêmeos ao longo do mês. O planeta poderá ser avistado no céu nas primeiras horas da manhã, como um ponto avermelhado. Já Júpiter retorna à cena nos últimos dias do mês, surgindo no horizonte leste pouco antes do nascer do sol.
Com o auxílio de binóculos, é possível até ver algumas de suas luas mais brilhantes.
Mesmo sem precisar recorrer a explicações simbólicas ou espirituais, o céu de julho fala por si, sendo um espetáculo de movimento e beleza. Para quem observa, cada detalhe pode ser uma oportunidade de aprendizado, curiosidade ou simples admiração. E, para isso, basta olhar para cima.
Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.









