
A atriz Luana Piovani foi condenada pela Justiça de São Paulo por injúria contra o jogador Neymar Jr., após declarações publicadas por ela nas redes sociais entre maio e junho de 2024. A sentença, assinada pelo juiz Rodrigo César Müller Valente, da 2ª Vara Criminal da Barra Funda, foi proferida no dia 15 de outubro de 2025, e reconhece que as falas da artista ultrapassaram o limite da crítica e atingiram a honra pessoal do atleta.
De acordo com o magistrado, as manifestações de Piovani tinham “caráter depreciativo” e foram feitas com a clara intenção de causar constrangimento. “As expressões utilizadas revelam o propósito inequívoco de provocar menosprezo e afrontar a honra subjetiva do querelante”, escreveu o juiz na decisão.
Em suas publicações, Luana fez críticas severas à conduta pessoal e familiar do jogador, afirmando que ele seria “um péssimo exemplo como cidadão, pai e homem”. Para o juiz, esse tipo de comentário vai além do debate público, mesmo considerando a posição de Neymar como figura de grande notoriedade. “As falas extrapolam o campo da opinião e assumem contornos ofensivos, ferindo diretamente sua imagem e dignidade”, destacou.
A defesa de Piovani argumentou que as declarações tinham caráter político e faziam parte de um discurso crítico sobre o comportamento do atleta diante de temas sociais, como a PEC das Praias. No entanto, o juiz reconheceu apenas parcialmente essa justificativa, entendendo que parte das falas era de cunho opinativo, mas que outras se voltaram de forma pessoal e desrespeitosa ao jogador.
Como resultado, Luana Piovani foi condenada a quatro meses e quinze dias de detenção, em regime inicial aberto. A pena, entretanto, foi substituída por prestação de serviços comunitários, que deverão ser realizados em instituição pública ou social, com carga horária mínima de oito horas semanais. A atriz também foi condenada ao pagamento das custas processuais, fixadas em 100 UFESP, conforme a legislação estadual.
Procurada pela imprensa, Luana preferiu não se pronunciar sobre a decisão até o momento. Já a equipe jurídica de Neymar afirmou que a condenação representa uma “vitória da honra e do respeito às liberdades individuais, que não podem ser confundidas com ofensas pessoais”.









