
A maternidade é uma das experiências mais transformadoras na vida de uma mulher — e também uma das mais exigentes. Além das mudanças físicas, há uma reconfiguração completa da rotina, da identidade e das prioridades. Em meio a essa avalanche, muitas mães relatam ter se perdido de si mesmas. E é aí que a cirurgia plástica, muitas vezes vista com preconceito, entra como uma poderosa aliada de autocuidado e recuperação da autoestima.
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Josué Montedonio, referência em procedimentos estéticos no Brasil, o aumento da busca por cirurgias após a maternidade não é sobre vaidade, mas sobre pertencimento.
“Ser mãe não anula a mulher que existe ali. Muito pelo contrário — às vezes, depois da maternidade, a mulher precisa se reencontrar. E querer se olhar no espelho e se sentir bem é legítimo. É humano”, afirma.
Dr. Josué destaca que sentimentos de culpa são comuns quando uma mãe deseja investir em si mesma.
“Existe uma cobrança muito grande sobre as mães, como se tudo o que é seu — corpo, tempo, energia — tivesse que ser deixado de lado. Mas autocuidado não é egoísmo. Pelo contrário: quando a mulher se cuida, isso transborda para quem está ao redor, inclusive para os filhos.”
Não se trata de um culto à estética ideal, mas de devolver às mulheres a chance de se reconhecerem.
“A cirurgia plástica pode ser esse reencontro. Não com o corpo de antes, mas com a mulher que continua ali, só precisando ser cuidada”, explica o médico.
O impacto emocional, segundo ele, é profundo. Pacientes relatam que, após o procedimento, voltaram a se sentir vivas, confiantes e mais seguras para se posicionar no mundo.
“Autoestima não é vaidade. É saúde.”
A fala de Dr. Josué sintetiza uma pauta urgente: o direito das mulheres, especialmente das mães, de se priorizarem — sem culpa e sem julgamento.
A cirurgia estética, quando feita com responsabilidade, pode sim ser um gesto de amor-próprio. E amor-próprio é, muitas vezes, o melhor presente que uma mãe pode dar a si mesma — e, por consequência, aos seus filhos.