Em parceria com o Prime Video, o MIS exibe com exclusividade os dois primeiros episódios da nova série nacional do streaming, “Amar é para os fortes”, no dia 07 de novembro. A produção original, criada por Marcelo D2, Antonia Pellegrino e Camila Agustini a partir do álbum homônimo de Marcelo D2, tem direção de Kátia Lund, Yasmin Thayná e Daniel Lieff. A série conta com sete episódios e estreia na plataforma no dia 17 de novembro. Após a sessão, Luciana Saddi media um debate com o psicanalista Tiago Porto e com o jornalista Paulo Eduardo Dias.
O evento faz parte do Ciclo de Cinema e Psicanálise, programa gratuito realizado pelo MIS (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo), em parceria com a Folha de S.Paulo e a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). O projeto traz, mensalmente, sessão de filme seguida por debate com especialistas no tema apresentado pela obra, e o público pode participar com perguntas, integrando novas perspectivas sobre a produção. A curadoria e a mediação da conversa são de Luciana Saddi, coordenadora de cinema e psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da SBPSP.
Sobre a série
Exibição dos dois primeiros episódios
Amar é para os fortes
(dir. Yasmin Thayná, Kátia Lund e Daniel Lieff, Brasil, 2023, 69 min, 16 anos)
Criada por Marcelo D2, Antonia Pellegrino e Camila Agustini, “Amar é para os fortes” traz a saga de duas mulheres negras cariocas que veem seus destinos entrelaçados para sempre durante uma operação policial no Dia das Mães. Rita perde seu filho de 11 anos, Sushi, para a violência policial, e Edna é mãe de Digão, o policial que matou a criança. Buscando justiça e redenção, ambas irão enfrentar a corrupção policial e a morosidade do sistema judiciário. Rita terá o apoio de seu filho mais velho, o artista plástico Sinistro, que, junto com a comunidade da Maré, lutará por justiça para o irmão.
“Amar é para os fortes” por Luciana Saddi
“A desigualdade social tem cor. Com roteiro bem elaborado, a trama enreda os personagens e a complexidade de seus sofrimentos. O ritmo da edição e a trilha musical são alguns dos pontos de destaque da obra.
O racismo estrutural brasileiro é dissecado pela série. Trata-se das constantes ameaças, discriminação, bullying e violência às quais a população preta está exposta diariamente. Os movimentos populares de resistência também estão presentes. Observa-se o apoio da comunidade, que funciona como cinturão de continência para o sofrimento e para confrontação organizada ao poder público.
As consequências psíquicas do racismo não podem ser negligenciadas. Estudos indicam prejuízos na estruturação do eu, baixa autoestima, depressão e complexo de inferioridade. Há, também, aumento de transtornos mentais e de quadros de ansiedade. “Amar é para os fortes” revela a dor da perda de quem se ama e a luta para resgatar a honra dos mortos. Em meio à tragédia das famílias devastadas com a dor, ocorrem conflitos morais e de consciência. A série é eletrizante.”
Sobre os debatedores
Tiago Porto é psicanalista membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e da comissão Virginia Bicudo. É também membro do Departamento de psicanálise do Sedes.
Paulo Eduardo Dias é formado em Jornalismo pela Universidade Estácio (2014). Atualmente, é repórter da editoria Cotidiano, com atuação na área da segurança pública. Está no Grupo Folha desde agosto de 2021, com passagem pela Agência Folha e pelo jornal Agora São Paulo. Participante do primeiro programa de treinamento da Folha de S. Paulo voltado para profissionais negros. Autor do livro “Pixote: 30 anos à espera da justiça” (editora Multifoco, 2017), que conta a história de Fernando Ramos da Silva, o Pixote, do filme “Pixote, a lei do mais fraco” (1981).
Sobre a mediadora
Luciana Saddi é psicanalista e escritora, membro efetivo e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), mestre em Psicologia pela PUC-SP e diretora de Cultura e Comunidade da SBPSP (2017/2020). É autora de “Educação para a morte” (Ed. Patuá), coautora dos livros “Alcoolismo – série o que fazer?” (Ed. Blucher) e “Maconha: os diversos aspectos, da história ao uso”. Além disso, Saddi é fundadora do Grupo Corpo e Cultura e coordenadora do Programa de Cinema e Psicanálise da Diretoria de Cultura e Comunidade da SBPSP em parceria com o MIS e a Folha de S.Paulo.
Serviço | Ciclo de Cinema e Psicanálise
Local: Auditório MIS | Museu da Imagem e do Som (MIS)
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo
Data: 07.11, às 19h
Ingresso: gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)
Classificação indicativa: 16 anos
O Núcleo de Cinema do MIS tem como patrono Goldman Sachs. A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem como mantenedora a empresa B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group, Telium, Quality Faria Lima e Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças.