
Professor, consultor, escritor e inquieto por natureza. Aos 57 anos, André Barcaui construiu uma trajetória marcada pela busca por conhecimento, conexão entre áreas e paixão pelo ensino. Com formação em Computação e Psicologia, além de pós-doutorado em Inteligência Artificial, ele é uma das vozes de referência no assunto e no impacto da tecnologia nas relações humanas e na sociedade.
Atualmente lecionando na UFRJ e na FGV, André também atua como consultor e palestrante. Tudo isso devido à sua grande bagagem de conhecimento, que veio de um objetivo diferente dos demais. “Eu sempre gostei de estudar, não só para ter um título, mas para entender melhor o mundo e poder conversar sobre ele com mais profundidade. Isso, para mim, é qualidade de vida intelectual”, afirma ele, que conecta gestão, IA, comportamento humano e cultura digital com didatismo e humor.
Mais do que títulos acadêmicos, seu maior orgulho é a rede de conexões e amizades que construiu ao longo da vida. Ele defende que o esforço e a persistência são as verdadeiras chaves do sucesso, especialmente em um mundo em constante mudança. “Ninguém vai a lugar nenhum sozinho. Estudar e trabalhar com dedicação fazem com que a tal ‘sorte’ comece a aparecer”, aconselha.
Barcaui também alerta para os riscos do uso indiscriminado da tecnologia, especialmente no contexto da IA generativa. Ele chama atenção para a perda de habilidades cognitivas que ocorre devido ao uso excessivo dessas ferramentas. “Na verdade, o que acontece é como se perdêssemos uma parte da nossa memória. Ao terceirizar constantemente o raciocínio, deixamos de exercitar funções essenciais do cérebro, e isso tem consequências reais na forma como aprendemos, pensamos e nos relacionamos com o conhecimento”, explica.
De um jeito autêntico e simplificado, André procura ajudar pessoas a utilizar e aprender sobre inteligência artificial de modo leve e responsável. Seu mais novo livro, “Guia da Inteligência Artificial: do Iniciante ao Nerd”, reúne as dúvidas de quem começa a explorar esse campo. Mais do que fórmulas, ele aposta em um ensino recheado de humor e referências a filmes, cultura pop e cotidiano. “O objetivo é aproximar o tema das pessoas, sem jargões técnicos desnecessários. Quando a gente ri e se reconhece, a aprendizagem flui muito melhor”, resume.
Tudo isso vem de uma base sólida e um conselho para todos: não basta acompanhar as transformações, é preciso entendê-las, questioná-las e usá-las a favor do ser humano. “Se você quiser algo diferente na vida, tem que fazer diferente. Estudar, se esforçar e construir conhecimento é o que sustenta qualquer evolução real, inclusive diante da tecnologia”, finaliza.









