Nicholas Oher sempre foi movido por uma curiosidade intensa e uma paixão por histórias, arte e criação. Com sua abordagem única e sensível à arquitetura e ao design, Nicholas, cuiabano de 30 anos, é um arquiteto, designer e artista que tem conquistado espaço no cenário nacional.
Formado pela UNIC, Universidade de Cuiabá, desde criança, mostrava traços de um espírito lúdico, criando cenários inspirados em suas aulas favoritas de História. Seu interesse pelo corpo humano, ergonomia e estética o levou a um dilema: seguir moda ou arquitetura. Acabou optando pela segunda, mas sem deixar de lado a criatividade multifacetada que transita entre várias formas de arte.
Após a graduação, mudou-se para Curitiba para trabalhar em um escritório que era dos seus sonhos, mas rapidamente percebeu que o ambiente corporativo tradicional não refletia suas aspirações. Foi então que decidiu fundar seu próprio escritório, a OHMA, que acaba de completar oito anos. Juntamente com Fábio e Paloma, seus sócios, Nicholas buscou trabalhar com arquitetura emocional.
Leia também: PGR e da CPI das Bets ligam o alerta para o processo de legalização das apostas
O trabalho da OHMA se destaca por valorizar narrativas pessoais, cores e linhas orgânicas, com um portfólio diverso que inclui projetos arquitetônicos, design de interiores e produtos assinados. A essência do escritório está na curadoria de peças autênticas, muitas vezes desenhadas por designers mulheres, e no uso da cor como ferramenta de expressão.
Nicholas, negro, gay e vindo da periferia, usa sua posição no mercado como arquiteto premiado para amplificar vozes e narrativas pouco representadas no Brasil. Ele se orgulha de ser o primeiro neto de sua família a concluir o ensino superior e frequentemente explora memórias afetivas em seus projetos. Em uma de suas participações na Casa Cor Mato Grosso, recriou o lar que sua avó nunca teve, transformando relíquias familiares em um café que emocionou o público.
Como empreendedor autodidata, Nicholas mantém uma conexão pessoal com seu público, gerenciando de forma orgânica as redes sociais do escritório e explorando plataformas como Pinterest para compartilhar ideias.
Matéria escrita por Maria Júlia Bernardo, supervisionada por Gabriella Vivere