
Uma nova era se inicia e, para além de sete gerações estarem convivendo juntas em um único espaço-tempo pela primeira vez, o quinto ChatGPT foi lançado, a astronomia está avançando e deixando diversos medos para trás, os relacionamentos estão se estreitando e trazendo novos debates graças à nova geração e, por fim, os robôs estão dominando a cena high-tech e trazendo possibilidades e avanços jamais vistos.
Em uma época em que robôs já correram ao lado de seres humanos, realizaram cirurgias com um percentual de sucesso acima da média, se adequando à velocidade necessária e surpreendendo a todos, a China continua impulsionando sua expertise em se estabelecer como a maior potência em desenvolvimento e tecnologia com um novo projeto. A Universidade de Zhejiang anunciou que seu robô quadrúpede White Rhino completou um sprint de 100 metros em apenas 16,33 segundos, quebrando o recorde anterior de 19,87 segundos do robô sul-coreano Hound.
O inesperado não foi exatamente a velocidade ou o fato de esse feito ter sido alcançado por um dispositivo de metal e embreagens, mas sim o que aconteceu depois. A conquista foi certificada pelo Guinness World Records, com o tempo mais rápido realizado por um robô desse tipo e, em comparação histórica e mais humana, o outro alcance esteve com Usain Bolt, com 9,58 segundos em 2009.
O desenvolvimento do White Rhino foi liderado pelo Centro de X-Mecânica, pela Escola de Aeronáutica e Astronáutica e pelo Centro Global de Inovação Científica e Tecnológica de Hangzhou, e o que mais impressiona é que provavelmente houve a intenção de mimetizar a natureza dos cães reais, que, dependendo da espécie, podem ultrapassar velocidades muito superiores. Porém, é no mínimo intrigante pensar que um robô é capaz de tais feitos.
O robô possui uma capacidade de carga de 100 kg, aliando velocidade à força aplicada em uma estabilidade, controle preciso e resistência para concluir o percurso sem falhas. O projeto, desde o princípio, seguiu uma filosofia de “design para performance” e, entre os avanços tecnológicos, destacam-se atuadores de alta densidade de potência, capazes de gerar alto torque e resposta rápida, além de estratégias de controle baseadas em aprendizado por reforço.
Em um futuro que parece mais próximo do que nunca, o robô poderá atuar em missões de resgate, transporte em terrenos extremos e outras operações em que a mobilidade rápida e robusta seja essencial. Mas fica o questionamento: será que as máquinas irão ultrapassar os seres humanos? A resposta mais adequada e fiel até o momento, seria um sonoro, não! Justamente porque esses dispositivos são frutos da necessidade e expertise humana, portanto a sensibilidade e intuição estarão sempre em nossas mãos, por mais que as expectativas sejam altas por parte da tecnociência.
É imprescindível que saibamos separar as coisas, para que não nos deixemos dominar e para que não haja um desalinhamento entre nossos interesses e os interesses do unverso digital.
Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.









