Um relatório da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e do Fundo Mundial para Pesquisa do Câncer (WCRF) apresentaram evidências de que a obesidade pode estar relacionada a alguns tipos de câncer. São eles: endometrial, adenocarcinoma esofágico, colorretal, mama pós-menopausa, próstata e renal. O risco de malignidade pode aumentar de acordo com os hábitos, como a alimentação e a falta de atividade física.
O médico nutrólogo Dr. Dárcio Pinheiro comenta que isso acontece porque o excesso de peso pode causar um acúmulo de tecido gorduroso pelo corpo. Ele explica que a obesidade provoca uma inflamação, e nesse processo pode ocorrer uma proliferação de células que resultam em uma predisposição ao câncer.
“As pessoas costumam pensar que a obesidade só é responsável por doenças como diabetes ou problemas cardíacos, mas ela vai além disso. Em mulheres, por exemplo, principalmente pós-menopausa, o sobrepeso pode aumentar até duas vezes o risco do câncer de mama. Além disso, aumenta também o risco de morte”, comentou.
“Já em homens, a probabilidade maior é que se desenvolva o câncer no intestino grosso. Além de aumentar a chance de desenvolver a doença, o excesso de peso atrapalha o tratamento, por isso, incentivamos a prevenção e a adoção de um estilo de vida saudável”, acrescentou.
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O médico ressalta que adotar uma dieta saudável e a prática de atividades físicas pode influenciar na redução do risco de desenvolvimento do câncer. Além disso, alimentos como legumes, frutas, saladas ou cereais ricos em fibras apresentam baixo risco de desenvolvimento de câncer. O Dr. Dárcio pontua que os exercícios devem fazer parte da rotina de quem quer evitar doenças crônicas, porque ajudam a manter o índice de massa corporal adequado.
“Uma simples caminhada já conta como prática de atividade física. Se você não tem tempo de frequentar a academia, pode tornar sua vida mais ativa em situações que já fazem parte dela. Por exemplo: ir a pé à lugares que não são tão distantes. Além da redução do risco de doenças crônicas e do câncer, contribui ainda com a saúde mental”, disse.
“Quanto a alimentação, meu conselho é evitar os ultraprocessados. Eles agem como um vilão e estão entre os fatores de risco para o câncer de intestino. Indico que inclua as fibras na dieta, assim como alimentos naturais”, concluiu.