A Confeitaria Colombo, localizada no centro do Rio, é um marco histórico e cultural da cidade, fundada em 1894 pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão. Ao longo de mais de um século, o estabelecimento se tornou um importante ponto de encontro de artistas, intelectuais, políticos e da elite carioca, refletindo o tem conhecido como Belle Époque na antiga capital do país.
A confeitaria foi inaugurada em 17 de setembro de 1894, na Rua Gonçalves Dias. Seu sucesso foi imediato, atraindo nomes ilustres da sociedade brasileira, como Chiquinha Gonzaga, Olavo Bilac, Rui Barbosa, Lima Barreto e Heitor Villa-Lobos. A confeitaria recebeu também visitas de chefes de Estado, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e a Rainha Elizabeth II.
Entre 1912 e 1918, os salões internos passaram por reformas que incorporaram o estilo Art Nouveau. Foram instalados enormes espelhos de cristal da Antuérpia, molduras de jacarandá talhado e vitrais franceses. A mobília de madeira, esculpida pelo artesão Antônio Borsoi, completou a decoração elegante e luxuosa.
Em 1922, a confeitaria foi ampliada, com a adição de um segundo andar para abrigar o Salão de Chá. O andar superior possui uma claraboia com belos vitrais, visível também do térreo. Um dos primeiros elevadores do Brasil foi instalado no local e ainda funciona, levando os clientes ao Salão Cristóvão, no segundo piso.
A Confeitaria Colombo é reconhecida como patrimônio cultural e artístico do Rio de Janeiro. Em 1983, foi tombada como patrimônio material pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), e em 2017, como patrimônio imaterial pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).
Em 2002, a confeitaria criou o Espaço Memória, onde expõe itens que contam a sua trajetória, como louças, baixelas, fotos e cardápios antigos.
