
Dom Pedro I foi uma figura central no processo de independência e governou o país de 1822 a 1831.
Domitila de Castro Canto e Melo, conhecida como Marquesa de Santos, nasceu em 1797, em São Paulo, de origem modesta. Aos 15 anos casou‑se, sofreu agressões e separou‑se do primeiro marido antes de conhecer Dom Pedro.
O romance começou em agosto de 1822, pouco antes da declaração da Independência, e durou cerca de sete anos. Domitila tornou‑se uma presença pública na corte, recebendo privilégios, títulos como Viscondessa e depois Marquesa de Santos e moradia próxima à família imperial.
O relacionamento entre os dois gerou muita polêmica: Dom Pedro era casado com a imperatriz Leopoldina, o que causou desconforto enorme na corte e críticas na sociedade. Após a morte de Leopoldina (1826) e insatisfações políticas e pessoais, Dom Pedro rompeu com Domitila em 1829, especialmente para possibilitar novo casamento.
Domitila, por sua vez, após o afastamento da corte, continuou sua vida em São Paulo, envolvida em atividades sociais, culturais e beneficentes, e casou‑se novamente com Rafael Tobias de Aguiar em 1842.
O legado desse relacionamento se manifesta tanto no imaginário popular quanto na historiografia: Domitila ficou famosa por desafiar convenções de gênero e hierarquia social, e sua relação com Dom Pedro I ilustra tensões entre poder político, moralidade pública e vida privada no Brasil do século XIX.










