Em 1883 a cidade vivia um rápido aumento da população, somado a uma infraestrutura ainda precária, contribuía para a insalubridade e para a proliferação de doenças. Os problemas sanitários e a preocupação com a modernização já eram temas de debate. Por isso que as grandes reformas urbanas lideradas pelo prefeito Pereira Passos só ocorreriam em no início do século XX.
Um dos marcos do ano foi a criação da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro (SGRJ). A instituição refletia o movimento de multiplicação de sociedades geográficas que ocorria na Europa e nas Américas.
A questão da escravidão era central no cenário político e social brasileiro em 1883. Embora a abolição nacional só viesse em 1888, o movimento abolicionista ganhava força.
O Rio buscava modernizar sua infraestrutura. O ano de 1883 viu a ativação da Estrada de Ferro Rio d’Ouro, cujo trecho na região do atual bairro de Vicente de Carvalho, na Zona Norte, levaria ao desenvolvimento de novas áreas.
A imprensa carioca da época cobria os acontecimentos políticos, econômicos e sociais, refletindo o clima de mudança e debate. Em 1884, uma seção de “Noticiário” na revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro passou a transcrever notas de jornais da época, demonstrando a efervescência jornalística.
