O Brasil alcançou um feito inédito no mundo do fisiculturismo neste sábado (11), em Las Vegas (EUA). O acreano Ramon Dino finalmente chegou ao topo do Mr. Olympia 2025, vencendo a categoria Classic Physique — considerada uma das mais prestigiadas da competição. Após duas vezes bater na trave, com vice-campeonatos em 2022 e 2023 e um quinto lugar em 2024, o atleta escreveu seu nome na história como o primeiro brasileiro a conquistar o título masculino do evento.
Com uma performance impecável desde as prévias, Ramon chamou atenção ao ser posicionado no centro do palco, sinal claro de favoritismo. Na final, superou o alemão Mike Sommerfeld, vice no ano anterior, e o norte-americano Terrence Ruffin, outro forte candidato. A vitória marcou também o início de uma nova fase na categoria, que teve sua hegemonia abalada após a aposentadoria do canadense Chris Bumstead (CBum), tetracampeão e referência do Classic Physique.
Emocionado, Ramon refletiu sobre a trajetória até o topo:
“Dá um flashback das vivências de antigamente, mas olhando tudo isso, tudo que passou, mesmo sendo difícil, valeu a pena. Sempre tive crença em Deus, apesar das dificuldades, e Ele sempre me fortaleceu na caminhada. E deu certo”, declarou o campeão.
O resultado consolida o Brasil como uma potência crescente no fisiculturismo mundial. Até então, as conquistas nacionais no Olympia vinham apenas nas categorias femininas, com nomes como Eduarda Bezerra (Wellness) e Natália Coelho (Women’s Physique), que brilharam na noite anterior.
A categoria Classic Physique busca resgatar a estética clássica do fisiculturismo, priorizando proporção, simetria e elegância muscular, com um limite de peso ajustado à altura de cada atleta.
Ramon, conhecido como o “Dinossauro Acreano”, encerrou a noite consagrando anos de dedicação e disciplina.
“Qualquer um do top 5 pode ser campeão se chegar bem, mas esse dia foi nosso. Nos preparamos para isso há muito tempo”, celebrou.
Com o troféu nas mãos, o brasileiro não apenas realiza um sonho pessoal, mas também inspira uma nova geração de atletas que enxergam no fisiculturismo um caminho possível para o sucesso mundial.
