Café fresquinho na xícara de ágata, comida assando no fogo de chão, cavalgada, pescaria, fruta colhida no pé, mesa farta com delícias da roça, uma boa prosa com os amigos e, claro, uma roda de viola. Esse é o clima das manhãs de domingo com a chegada de ‘Viver Sertanejo’ à grade da Globo. Sob o comando do cantor Daniel, o programa, que estreia no dia 15 de dezembro, após o ‘Globo Rural’, foi gravado na fazenda do artista, em Brotas, no interior de São Paulo. Por lá, Daniel recebeu grandes nomes da música sertaneja como Chitãozinho & Xororó, Maiara & Maraísa, Rionegro & Solimões, Lauana Prado, Ana Castela, Sérgio Reis e Paula Fernandes, entre outros.
“A gente quer passar para o público o ‘viver sertanejo’, a vivência da fazenda. É um olhar para dentro do país traduzido para as manhãs de domingo, comandado pelo Daniel. Eu digo que ele é mais que um apresentador, é um condutor desses encontros, um anfitrião. Ele nos convida a sentar à mesa e ter uma prosa com as pessoas que está recebendo”, conta Gian Carlo Bellotti, diretor do programa.
Mais de 20 artistas, de diferentes gerações do gênero mais ouvido do Brasil, passam pelo programa. Com muitos “causos”, momentos emocionantes e risadas, eles compartilham histórias que ilustram como a música serve de pano de fundo para a vida de muitos brasileiros. Em clima de moda de viola, ‘Viver Sertanejo’ relembra grandes sucessos do Sertanejo.
“O programa reforça como é estar na fazenda, ter esse contato com a terra, que para mim é primordial. Aqui é um lugarzinho muito especial. Esse é um espaço pensado para reunir a família, os amigos. A gente quer fazer desse momento, no domingo de manhã, um tempo gostoso para todos que vão nos assistir. Nosso desejo é que seja uma extensão da casa dos brasileiros”, explica Daniel.
A música sertaneja sempre fez parte da programação da Globo, seja com apresentações dos artistas nos programas de auditório, com canções na trilha sonora das novelas, com transmissão de show no ‘Circuito Sertanejo’ ou mesmo sendo o tema central de séries como ‘Rensga Hits’ ou ‘As Aventuras de José & Durval’. Isso ajudou a popularizar ainda mais o ritmo, que hoje toca do interior aos grandes centros. Mas ‘Viver Sertanejo’ nasceu do desejo de que o gênero estivesse ainda mais presente na tela da TV.
Foi então que a diretora de gênero, Monica Almeida, desenhou com o diretor artístico, Gian Carlo Bellotti, algumas possibilidades. A vontade de gravar o programa fora de um estúdio convencional era unânime e o nome do Daniel foi outro consenso, sempre que a equipe envolvida na criação falava sobre a atração. Assim, aos poucos, o novo programa foi tomando forma.
“Quando fizemos o primeiro contato com o Daniel, o programa não tinha nome e ainda estava em formação. Ele convidou a gente para almoçar em Brotas e conversar. E eu me lembro de algo que tem muito a ver com a gênese do ‘Viver Sertanejo’: entrar no barracão e ver o Daniel tomando um cafezinho, com o fogão a lenha aceso, a dona Ana, que trabalha com ele há muitos anos, estava ali fazendo um bolinho, já tinha um queijo cortado, os peões da fazenda estavam do lado de fora tocando o gado… e aquela cena me impactou bastante. Toda a calma e simplicidade do lugar. Ele propôs de a gente dar uma volta na fazenda, e eu saí de lá muito impressionado com tudo o que vi. Nunca vi o Daniel tão a vontade. No palco ele é muito elegante, mas ali ele estava completamente relaxado. Quando eu saí de lá eu liguei pra Monica e disse que teríamos que fazer o programa ali, em Brotas”, conta Bellotti.
Toda equipe fez um mergulho profundo no universo do Sertanejo, se debruçou em muitas imagens de filmes, inspirações do country, do sertanejo brasileiro, paletas de cores. Sempre tendo como norte a ideia de que ‘Viver Sertanejo’ parecesse menos um programa de TV e mais uma conversa informal entre amigos.
“Foram quase três meses de pré-produção, onde a gente fez todo um planejamento das datas de gravação e estruturou tudo: do transporte das equipes de São Paulo e Rio para Brotas, a hospedagem na cidade, alimentação, e toda infraestrutura que a fazenda nos pedia – com tendas, com cenografia, arte e todo o dressing que a gente precisou para fazer lá. Foram três caminhões que levaram todo o mobiliário do Rio até Brotas, incluindo sofá, mesas, carpetes, vaso… Fora isso, a gente estava em uma fazenda, lidando com o tempo da fazenda, que é um tempo totalmente diferente do tempo da produção. A gente teve que achar um meio do caminho para as coisas acontecerem.”, conta a produtora Nathalia Pinha.
Apresentado por Daniel, ‘Viver Sertanejo’ vai ao ar aos domingos, depois do ‘Globo Rural’. Tem produção de Nathália Pinha, produção executiva de Anelise Franco, direção artística de Gian Carlo Bellotti e direção de gênero de Monica Almeida. O programa tem estreia prevista para 15 de dezembro, na TV Globo.
ENTREVISTA COM DANIEL
Como você recebeu o convite para apresentar ‘Viver Sertanejo’?
Eu fiquei muito feliz, lisonjeado e surpreso também. Quando me ligaram da Globo, dizendo que o meu nome estava sendo citado, eu fiquei muito contente. Eu estou vivendo um momento diferente, fui pai novamente, estou com uma filha pequenininha e querendo ficar mais tempo em casa. Mas acabou dando tudo certo porque eles resolveram gravar o programa aqui em casa. Então a conversa mudou totalmente.
Como foi para você gravar o programa na sua fazenda?
Nós unimos o útil ao agradável, e isso me deu a possibilidade de me mostrar mesmo, na minha essência, de ser mais leve. Aqui é um lugar muito especial para mim. Eu diria que toda essa energia que a gente trouxe para cá, contribuiu para tudo isso que está acontecendo aqui. É aqui que eu reúno a minha família, os amigos. É muito bom poder desfrutar de um lugar assim e agora esse espaço vai ser palco para o ‘Viver Sertanejo’.
O programa não é só sobre música, certo? O que mais o público vai encontrar em ‘Viver Sertanejo’?
Tudo o que se agrega ao estilo de vida sertanejo: a pescaria, o fogo de chão, o churrasco, o franguinho na panela, o cafezinho… A gente, felizmente, tem aqui na fazenda uma estrutura muito legal com horta, galinheiro, muita coisa para mostrar para o público como é viver da terra, tendo esse contato com a roça. Fazia tempo que eu não tomava leite tirado na hora, por exemplo, e para um dos programas eu tomei. Fiz um cafezinho para receber os amigos. Eu sempre gostei muito de receber, de servir as pessoas. Lá em casa sempre foi assim.
‘Viver Sertanejo’ é um programa para quem?
‘Viver Sertanejo’ é para todo mundo. Eu acho que o Brasil, acima de tudo, ele tem suas origens na terra, no campo, na roça. Pode fazer a pesquisa que quiser, se você entrar a fundo na história de qualquer pessoa, você vai achar um envolvimento com a terra. Então eu acho que ‘Viver Sertanejo’ é para todos os filhos dessa pátria amada que é o Brasil.
E quem são os convidados de ‘Viver Sertanejo’?
Muita gente! São pessoas com quem eu tenho muita identificação, amigos de carreira, de jornada. Desde Chitãozinho & Xororó a Lauana Prado, Mari Fernandes. São gerações diferentes, ídolos que eu tenho e referências para muita gente, e pessoas para as quais eu também tive a honra de ser referência. Foram encontros muito legais. Aqui o ambiente fica tão favorável, que todo mundo ficou à vontade para conversar, contar detalhes. Então, mesmo eu conversando com amigos antigos, tem muitas coisas que eles contaram aqui e que eu não sabia. A gente não conduziu as conversas, nada foi roteirizado. Foi como se eu abrisse mesmo a porteira de casa pros amigos, pra conversar tomando um cafezinho ou comendo uma comida gostosa. A gente quer passar para o público o que a gente vive, fazer daqui uma extensão da casa da gente. E o programa vai ser exibido em um horário muito propício, domingo de manhã, depois do ‘Globo Rural’, o que combina perfeitamente.