Coluna Rodrigo Teixeira

Swing é a nova paixão nacional? Números revelam as cidades com mais adeptos da prática

Ysos lista as cidades mais abertas à troca de casais em todos os estados

O swing, prática consensual que envolve troca de casais em busca de novas experiências sexuais, está deixando de ser tabu no Brasil. De norte a sul, de grandes capitais a cidades menores, o estilo de vida está ganhando espaço. Para entender melhor essa revolução comportamental, o aplicativo Ysos, especializado em conectar pessoas interessadas na prática, realizou um levantamento revelador. Com mais de 2 milhões de usuários, o app traçou o perfil dos adeptos em cada estado, revelando os três municípios com maior concentração de “swingueiros”.

De acordo com o head de marketing do app, Gustavo Ferreira, os dados mostram que o swing já não é mais exclusividade de grandes centros urbanos. “Em todos os estados brasileiros, há cidades liderando a adesão ao movimento. No Acre, por exemplo, as cidades de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Acrelândia concentram os maiores números de adeptos. Já no Rio de Janeiro, o trio de destaque é formado pela capital, Niterói e Nova Iguaçu”, conta.

De Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), o swing parece estar conectado por um único fio condutor: a busca por experiências que transcendam as convenções tradicionais.

Mapeando o Swing: os Destaques

O levantamento do Ysos mostrou que os dados vão além da geografia. O perfil dos usuários também oferece um retrato diverso da prática. No quesito gênero, 45% dos adeptos são casais, enquanto 38% são homens e 14% são mulheres. Outras identidades, como crossdressers e travestis, correspondem a 3% da base do Ysos.

Já em termos de preferências, as declarações de interesse selecionadas pelos usuários ao configurar seus perfis reforçam a pluralidade do swing. Casais “ele/ela” lideram as preferências (45,03%), seguidos por mulheres (27,61%) e homens (23,54%). Interesses como “casais ela/ela” (10,37%) e “mulheres trans” (10,33%), indicam uma abertura crescente para novas possibilidades dentro do universo do swing.

O Top 3 pelo Brasil

Os números também ajudam a identificar tendências regionais. No Nordeste, por exemplo, cidades como Salvador, Fortaleza e Recife lideram em número de usuários. Já no Sul, capitais como Curitiba e Porto Alegre dividem o espaço com cidades interioranas como Caxias do Sul e Londrina.

No Centro-Oeste, Brasília, Goiânia e Cuiabá são os principais polos. No Norte, além de Manaus e Belém, cidades menores como Manacapuru (AM) e Parauapebas (PA) mostram que a prática vai além das capitais. E no Sudeste, São Paulo, Belo Horizonte e o Rio de Janeiro destacam-se como os grandes epicentros.

Faixa Etária e o Futuro do Swing

A faixa etária dos praticantes também chamou atenção. A maioria (37,40%) está entre 25 e 34 anos, seguidos por usuários de 35 a 44 anos (28,63%). Apesar de menos expressivos, jovens de 18 a 24 anos (10,54%) e pessoas acima de 55 anos (7,50%) também mostram interesse no swing, provando que a prática não tem idade.

O Swing na Era Digital

Para Gustavo, o Ysos desempenha um papel crucial na normalização do swing no Brasil. “Nosso papel é conectar pessoas,  facilitando diálogos abertos sobre o tema. O levantamento é apenas um reflexo de como a sexualidade está se transformando, incorporando novas práticas e derrubando tabus”, diz.

Confira a lista das três cidades com mais adeptos do swing em cada estado

Acre: Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Acrelândia

Alagoas: Maceió, Arapiraca e Marechal Deodoro

Amapá: Macapá, Santana e Amapá

Amazonas: Manaus, São Paulo de Olivença e Manacapuru

Bahia: Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista

Ceará: Fortaleza, Juazeiro do Norte e Caucaia

Distrito Federal: Brasília, Águas Claras e Valparaíso de Goiás

Espírito Santo: Vitória, Vila Velha e Serra

Goiás: Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis

Maranhão: São Luís, Imperatriz e São José de Ribamar

Mato Grosso: Cuiabá, Rondonópolis e Sinop

Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas

Minas Gerais: BH, Uberlândia e Contagem

Pará: Belém, Ananindeua e Parauapebas

Paraíba: João Pessoa, Campina Grande e Patos

Paraná: Curitiba, Londrina e Maringá

Pernambuco: Recife, Jaboatão dos Guararapes e Caruaru

Piauí: Teresina, Parnaíba e Picos

Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu

Rio Grande do Norte: Natal, Mossoró e Parnamirim

Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas

Rondônia: Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena

Roraima: Boa Vista, Rorainópolis e Caracaraí 

Santa Catarina: Florianópolis, Joinville e Blumenau

São Paulo: São Paulo, Campinas e Guarulhos

Sergipe: Aracaju, Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro

Tocantins: Palmas, Araguaína e Gurupi

Rodrigo Teixeira

Repórter com mais de 13 anos de carreira. Formado em jornalismo pela Estácio de Sá e pós graduado em Metodologia do Ensino Superior pela Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Elerj). Com experiência em diversos segmentos do jornalismo, entre eles, no meio corporativo, artístico, e no poder público. Com passagem pelas redações dos maiores portais de internet do país, inclusive á produziu conteúdo para o portal iG. Experiência de gestão, redação e projetos especiais para o on-line dos Jornais O Dia e Meia Hora. Web Repórter da Rede TV, na sucursal do Rio de Janeiro e correspondente do programa "Tô na Fama", da Rede TV do Tocantins.
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