Um show novinho, desse repertório que nasceu e foi gravado em isolamento, em meio a receios e descobertas, que se tornou o álbum “PELESPÍRITO”. Como se naqueles momentos, estivéssemos nos retroalimentando, arrancando de nós mesmos as perguntas e possíveis respostas. Então juntei essas duas palavras, por pura necessidade. Cheguei a fazer apresentações com esse nome e num formato acústico, quase minimalista, para traduzir a maneira como foi feito. Agora é bem diferente.
Convocar minha banda é o passo pra fora de casa, o passo adiante, trazendo as canções para outros possíveis contextos e descobertas. E foi nesse foco que, ao receber o vinil comemorativo de “SORTIMENTO”, comecei a entender as pontes entre um e outro. O mais recente e o que comemora duas décadas. Então, este show começou a se mostrar pra mim. Minha banda, revestindo as músicas com outros gestos musicais, que ainda não ouvimos, dois backings que sempre quis e só agora estarão presentes e uma ou outra música de discos diferentes. Um show sortido e cheio de unidade ao mesmo tempo. As músicas de hoje, amparadas por aquelas que nasceram bem antes. Vamos fazê-las conversar. E todas ali querem me revelar.
Para tanto, Simone Mina (cenógrafa, figurinista e diretora de arte) foi convocada, ela que já assinou a direção de arte de “Totatiando”, “Tudo Esclarecido”, “Antes Do Mundo Acabar”, e “Tudo É Um” – espetáculos meus muito importantes na minha trajetória. Estaremos revendo, na verdade, todas as canções, porque vão se mostrar com outros invólucros musicais. Relidas, religadas e refrescadas com novas ideias.
Canções como “Onde É que Isso Vai Dar”, “Vou Gritar Seu Nome” e “Pelespírito” vão desaguar nas veteranas “Flores”, “Me Revelar” e “Por Que Que Eu Não Pensei Nisso Antes?”, esta de Itamar Assumpção, pois dificilmente consigo subir no palco sem ele. Já gravei em torno de 25 músicas desse meu ídolo.
A ideia é seguir comemorando os 40 anos de carreira, juntando “Pelespírito” com “Sortimento”, uma pitada de Itamar e outros autores que gravei, festejar o projeto “Relicário”, do Sesc Digital, que acaba de lançar uma apresentação minha de 1997, um documento que traz ainda uma entrevista comigo e o saudoso Zuza Homem de Mello. O livro que lancei, “Benditas Coisas Que Eu Não Sei”, que contém conversas e memórias musicais.
Estamos muito estimulados com o desafio deste show, que estreia no SESC Vila Mariana, nos dias 07, 08 e 09 de julho. Falta pouco.
Zélia Duncan
FICHA TÉCNICA:
ZÉLIA DUNCAN
NO SHOW “SEM TIRAR OS OLHOS DO MUNDO”
Direção geral e roteiro: Simone Mina e Zélia Duncan
Direção de arte: Flávia Pedras e Simone Mina
Direção musical e baixo: Ézio Filho
Teclado e acordeon: Léo Brandão
Bateria: Christiano Galvão
Guitarra e violões: Webster Santos
Vocais: Dada Yute e Luanah Jones
Videografismo: Vic von Poser
Operação de vídeo projeção: Vic von Poser e a Ligia Alonso
Iluminação – Christiano Desideri
Som: Florência Saravia-Akamine (P.A.) e Alê Marques (monitor)
Roadies: Henrique Bizerra e Iannaconi Júnior
Produção: Letícia Trindade
Assistente de produção: Valéria Oliveira Salles
Maquiagem: Silvana Gurgel
Preparação vocal: Thais Vayano
Assessoria de imprensa: Miriam Roia, Patrícia Dornelas e Vivi Drumond
Coordenação geral: Vicente Barros e Patrícia Albuquerque
SERVIÇO:
ZÉLIA DUNCAN
NO SHOW “SEM TIRAR OS OLHOS DO MUNDO”
Datas: 07, 08 e 09 de julho de 2023.
Horários: Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h
Local: SESC Vila Mariana – Teatro Antunes Filho
End.: Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana.
Classificação etária: 12 anos
Ingressos:
Inteira: R$ 50,00
Meia-entrada: R$ 25,00
Credencial plena: R$ 15,00
Vendas online: A partir da terça-feira, dia 27 de julho, às 17h, pelo aplicativo
Vendas presenciais e credencial Sesc SP: A partir da quarta-feira, 28 de julho, na bilheteria do teatro