Coluna Tiago da Silva Candido

5 dicas para fazer seu dinheiro render mais com investimentos em 2025

O ano de 2025 começou com um alerta silencioso para quem tem dinheiro parado: o cenário mudou — e entender como fazer o dinheiro render mais com investimentos se tornou uma necessidade real. A taxa básica de juros voltou a patamares elevados, a inflação deu sinais de resistência, o dólar se fortaleceu e os investimentos, que antes pareciam “seguros”, já não entregam os mesmos resultados sem esforço. No meio disso tudo, o mercado de ações também passa por ajustes importantes, exigindo mais atenção e análise dos investidores.

 

Mas esse novo cenário não é motivo de medo. Pelo contrário: ele traz oportunidades únicas para quem está disposto a entender como o sistema funciona — e a se movimentar com inteligência. O desafio é separar a informação útil da espuma de promessas fáceis e aprender a fazer escolhas que respeitem seu momento de vida, seu perfil e, principalmente, o seu dinheiro.

 

Este artigo é para quem quer mais do que dicas rasas ou fórmulas prontas. É para quem quer refletir com clareza e agir com consistência. As cinco estratégias a seguir não vão te dizer “onde investir”, mas vão mostrar como pensar melhor sobre o que fazer com o que você tem — e como se posicionar com consciência neste ano que, sem dúvida, será decisivo para o bolso de milhões de brasileiros — e claro, fazer seu dinheiro render mais com investimentos, seja na renda fixa, no mercado de ações ou em estratégias de diversificação mais amplas.

 

 

 

DICA 1: ENTENDA COMO A ECONOMIA AFETA DIRETAMENTE O RENDIMENTO DO SEU DINHEIRO

 

A maioria das pessoas escuta falar de “Selic”, “inflação”, ou “câmbio” como se fossem termos técnicos distantes, quando, na verdade, são os motores que afetam diretamente o quanto seu dinheiro rende ou perde valor. Em 2025, o Brasil opera com uma taxa Selic em 14,25% e uma inflação acumulada que já superou 5%. Isso significa que o juro real — a diferença entre esses dois — está positivo, e isso abre uma janela rara para aplicar com ganhos acima do aumento do custo de vida.

 

Porém, entender o cenário vai além de saber os números: é compreender por que o Banco Central aumenta juros, o que isso causa na economia (desaceleração do crédito, freio no consumo), e como isso impacta o retorno dos investimentos, inclusive nas ações negociadas na bolsa. O investidor consciente não segue “modas financeiras”, mas observa como os indicadores interferem nas decisões de política monetária, nos preços dos ativos e no comportamento dos mercados.

 

 

 

DICA 2: NÃO SE ENGANE COM NÚMEROS ALTOS — O QUE VALE É O QUANTO SEU DINHEIRO REALMENTE COMPRA

 

É comum que um rendimento de dois dígitos pareça ótimo — e em muitos casos, é mesmo. Mas ele só representa ganho real se superar a inflação. A maioria dos brasileiros mede o sucesso de um investimento pelo que vê no extrato, mas ignora que o poder de compra do dinheiro pode ter encolhido no mesmo período.

 

Em um país onde o IPCA deve fechar o ano em 5,65%, investimentos com retorno inferior a esse número estão apenas preservando parcialmente o valor — ou até o perdendo. A questão não é só quanto rendeu, mas quanto esse dinheiro pode comprar agora em relação ao passado.

 

Entender essa dinâmica leva à conscientização sobre o que realmente significa “ganhar dinheiro com investimentos”: não é ver mais zeros na conta, é ver mais capacidade de usar esse dinheiro no mundo real — seja na construção de patrimônio ou no fortalecimento da posição no mercado de ações.

 

 

 

DICA 3: DIVERSIFICAR NÃO É MODA, É DEFESA CONTRA OS ERROS DO MERCADO

 

A diversificação é um dos princípios mais repetidos do mercado financeiro — e também um dos mais mal compreendidos. Diversificar não é ter um pouco de tudo. É construir um conjunto de ativos que respondam de maneiras diferentes a cenários diversos. Isso reduz o risco de perda concentrada, suaviza os impactos das crises e faz seu dinheiro render mais com investimentos — principalmente quando inclui, com equilíbrio, renda fixa, ações, ativos internacionais e instrumentos de proteção.

 

Em 2025, esse princípio se torna ainda mais relevante, porque vivemos uma combinação de juros altos, inflação pressionada e instabilidade cambial. Uma carteira bem pensada não é feita com base em dicas ou fórmulas prontas, mas com base na análise do cenário macroeconômico, no perfil do investidor e no tempo disponível para cada objetivo.

 

Diversificação, nesse sentido, é uma forma de respeito ao próprio dinheiro. Ela protege contra erros de previsão — porque ninguém acerta sempre, mas quem diversifica não precisa.

 

 

 

DICA 4: PENSAR GLOBALMENTE É PROTEGER-SE DA FRAGILIDADE DO REAL

 

O Brasil ainda tem uma relação muito local com o dinheiro. A maioria das pessoas investe, consome e planeja dentro das fronteiras nacionais. Mas em um mundo onde tudo está conectado — preços, empresas, cadeias produtivas —, essa postura é limitada e arriscada.

 

A moeda brasileira, por exemplo, perdeu valor frente ao dólar em 2025, ultrapassando R$ 5,78, com previsão de encerrar o ano em R$ 5,90. Isso impacta desde o custo de vida até o valor dos ativos, inclusive os nacionais — sejam eles ações de empresas brasileiras, títulos públicos ou fundos.

 

Pensar globalmente não significa enviar dinheiro para fora sem critérios. Significa compreender que o real é uma moeda frágil em um sistema global, e que buscar equilíbrio também envolve considerar exposições que estejam atreladas a moedas fortes, economias mais estáveis e setores inovadores que não dependem exclusivamente do mercado interno.

 

 

 

DICA 5: INVISTA TODO MÊS E DEIXE O TEMPO FAZER O TRABALHO POR VOCÊ

 

Muitos querem “investir melhor”, mas poucos se comprometem com o que realmente traz resultado: fazer aportes regulares e permitir que o tempo atue sobre os juros compostos, fazendo assim seu dinheiro render mais com investimentos, sejam eles em renda fixa, fundos ou até mesmo ações de longo prazo.

 

Se você investir R$ 500 todos os meses, por 10 anos, com rendimento de 1,25% ao mês (taxa bruta compatível com o cenário atual de juros), seu montante pode chegar a R$ 139 mil. Com 0,8% ao mês, o total cai para R$ 100 mil. Essa diferença não vem de aplicar mais, mas de escolher melhor e manter a disciplina.

 

E vale lembrar: essas taxas são brutas. Em muitos casos, o Imposto de Renda incide sobre os ganhos, o que reforça a importância de planejar prazos e estratégias fiscais.

 

Mais do que buscar “a melhor aplicação”, a pergunta relevante é: quão consistente você está disposto a ser com seu próprio futuro financeiro?

 

 

 

Faça o dinheiro render mais com investimentos — com estratégia, não com pressa

 

Não é a primeira vez que o Brasil vive um momento de incerteza econômica. E certamente não será a última. Mas o que diferencia os investidores que constroem patrimônio daqueles que apenas reagem aos ciclos é a capacidade de olhar para o contexto com estratégia — e não com impulsividade.

 

As dicas apresentadas aqui não pretendem apontar um único caminho, mas mostrar como pensar melhor sobre cada passo. Elas convidam à ação consciente: analisar o cenário com profundidade, ajustar expectativas, cultivar disciplina e construir uma relação mais sólida com o dinheiro.

 

Fazer o dinheiro render mais com investimentos em 2025 não será uma corrida de 100 metros. Será uma travessia — e quanto mais preparado você estiver para remar com consistência, mais longe vai chegar. A sua jornada começa com uma pergunta: o que você vai fazer de diferente agora que sabe o que precisa ser feito?

Tiago da Silva Candido

Colunista de portais como Correio Braziliense, Tonafama, F5 online e Imprensa e Midia e mais 1500 sites.
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