Realização. Este é o sentimento de Jonathan Pires, o idealizador da primeira edição da “Marcha Para Exu”, que aconteceu no dia 13 de agosto, em São Paulo, sob o tema “NUNCA FOI SORTE, SEMPRE FOI MACUMBA!”. E com o tamanho sucesso, ele pretende levar o evento para o Rio de Janeiro em breve.
De acordo com Pires, foram mais de 100 mil fiéis reunidos na clássica Avenida Paulista, um dos corações da metrópole paulistana, lutando por sua liberdade religiosa. “Foi tudo muito lindo! A energia era maravilhosa, tudo aconteceu com muita tranquilidade e celebração, o que a gente mais queria mesmo. Celebrar nossos terreiros, nossos orixás, nossas entidades”, afirma ele.
A Tenente Vanessa da Polícia Militar elogiou a marcha e disse que não teve ocorrências e inclusive pós marcha todo local estava muito limpo.
Longe de ser uma afronta à já conhecida “Marcha Para Jesus”, a passeata pelas religiões de matrizes africanas surge como uma forma de levantar essa bandeira da luta contra o preconceito e a intolerância, além de ser uma plataforma para arrecadar alimentos e doá-los às aldeias, aos institutos beneficentes, às organizações sem fins lucrativos. “E, por incrível que pareça, igrejas evangélicas, cujos pastores já conversaram comigo para receber esses alimentos também”, revela o influenciador umbandista.
Para o Rio de Janeiro, Jonathan Pires pretende reunir mais de 500 mil pessoas. No entanto, o local da marcha ainda não foi definido. “Essa festa, essa comemoração pela importância que Exu carrega precisa tomar os lugares também. É importante reforçar que a liberdade religiosa precisa existir para que o respeito entre as pessoas sempre prevaleça”, ele conclui.
Ao longo da marca em São Paulo, os apresentadores se revezaram em dois carros de som, que receberam diferentes personalidades entre lideranças religiosas, como Mãe Lu e Padre Pedro, e diversos músicos, sendo eles o cantor de pontos e cantigas Irmãs União e Luz, com apoio da Curimba Nostalgia, Ogã Big e Mc Trans (vestida de Maria Navalha) junto a Emerson Zé da Lapa (representando Zé Pelintra).