A morte do Papa Francisco, na madrugada de segunda-feira, 21 de abril de 2025, marcou o fim de uma vida dedicada à fé, à Igreja e à humanidade. No entanto, seus últimos momentos de vida revelaram um gesto de humanidade e gratidão que comoveu todos que acompanharam sua trajetória.
Em seus momentos finais, o pontífice argentino teve um gesto tocante com aquele que foi seu cuidador constante nos últimos dias de sua vida: o enfermeiro Massimiliano Strappetti. Em uma das últimas palavras que conseguiu pronunciar, Francisco olhou para Strappetti e, com um sorriso cansado, disse: “Obrigado por me trazer de volta à Praça”, referindo-se à sua última ida à Praça São Pedro, no Domingo de Páscoa. Esse simples “obrigado” simbolizou não só a gratidão do Papa pelo cuidado dedicado, mas também a sensação de estar mais próximo do povo, que ele tanto amava, em seus últimos momentos.
O agradecimento de Francisco é especialmente significativo. Strappetti, que já havia sido fundamental na recuperação de Francisco ao sugerir uma cirurgia crucial para tratar um problema de cólon, estava ao seu lado de forma ininterrupta durante os últimos 38 dias de hospitalização. Para o Papa, Massimiliano não era apenas um enfermeiro, mas alguém que tinha ajudado a preservar sua vida e, de certa forma, seu vínculo com a Igreja e o povo.
Durante a recuperação após a pneumonia bilateral que o deixou internado por um longo período, Francisco mostrou sua força de vontade ao desejar retornar à Praça São Pedro, onde tantas vezes havia se conectado com fiéis de todo o mundo. No entanto, seu corpo já estava cansado, e os médicos sabiam que seu estado de saúde havia se agravado rapidamente. No sábado (19), Strappetti havia acompanhado o Papa à Basílica de São Pedro para revisar o percurso que ele faria no domingo. No entanto, a decisão de sair novamente com o papamóvel foi uma surpresa.
“Obrigado por me trazer de volta à Praça”, disse o Papa, com um olhar de gratidão e alegria. Esses simples momentos, tão humanos e tocantes, revelaram o quão profundamente o Papa Francisco estava conectado com a sua missão, com o povo e, claro, com aqueles que estiveram ao seu lado em sua fragilidade.
Últimos Momentos: Uma Morte Rápida e Silenciosa
A morte de Francisco ocorreu de forma discreta e rápida, algo que estava de acordo com o próprio estilo do pontífice, que sempre manteve sua saúde em segredo e evitou alardes. Na manhã de segunda-feira, 21 de abril, por volta das 5h30 da manhã (horário local), o Papa começou a apresentar sinais de um agravamento repentino de sua saúde. Cerca de duas horas depois, ele faleceu, sem sofrimento, mas deixando um legado de amor, simplicidade e liderança.
O Vaticano declarou que, em seus últimos momentos, o Papa Francisco sentiu novamente a alegria de estar perto do povo, após tanto tempo de dificuldades de saúde. Ele se despediu com um gesto silencioso, agradecendo àqueles que o acompanharam em sua jornada, incluindo Massimiliano Strappetti, que esteve ao seu lado em seus últimos dias, oferecendo não só cuidados médicos, mas também apoio emocional.
Um Papa Simples e Agradecido
A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, não foi marcada por grandes cerimônias ou alarde. Foi, como ele mesmo vivera, uma despedida tranquila, simples e cheia de significado. Ele morreu no dia seguinte à Páscoa, o que trouxe um símbolo poderoso de sua missão: abençoou o mundo e o povo mais uma vez, com a mesma humildade com a qual conduziu seu papado. O Papa Francisco sempre foi um homem de fé profunda, mas também de gestos simples que tocavam os corações das pessoas. Seu agradecimento a Massimiliano Strappetti, em seus últimos momentos, não foi apenas uma palavra de gratidão, mas um reflexo de sua missão: caminhar junto com as pessoas, de maneira simples e verdadeira, até o fim.
Essa despedida silenciosa, sem grandes pompas, foi uma verdadeira expressão do Papa que a Igreja amava: um homem que viveu para servir, para ser próximo, e para agradecer a todos que o ajudaram ao longo de sua vida. O Papa Francisco se foi, mas seu legado de humildade, fé e amor ao próximo permanece vivo no coração de todos que o conheceram.
