Gal: Coisas Sagradas Permanecem acontece no Tokio Marine Hall dia 11 de maio, às 22 horas, SP.
Adriana Calcanhotto mostra turnê “Gal: Coisas Sagradas Permanecem” em SP (Foto: Leo Aversa)
“Coisas sagradas permanecem”. O verso de Caetano Veloso está em “Recanto escuro”, canção escrita para Gal Costa, sobre Gal Costa, para ser cantada pela voz de Gal Costa.
A permanência do sagrado de Gal para além mesmo da morte é reafirmada agora por Adriana Calcanhotto.
“Coisas sagradas permanecem”. O verso de Caetano Veloso está em “Recanto escuro”, canção
escrita para Gal Costa, sobre Gal Costa, para ser cantada pela voz de Gal Costa. A permanência do sagrado de Gal para além mesmo da morte é reafirmada agora por Adriana Calcanhotto.
“Coisas sagradas permanecem” é o nome da turnê que ela estreia no dia 27 de abril, em Porto Alegre, em tributo à cantora baiana, a seu sagrado, à sua permanência.
O espetáculo nasceu a partir de uma ideia de Marcus Preto, produtor e diretor artístico de álbuns e shows de Gal nos últimos nove anos. Ele conta que a equipe de Gal manifestou o desejo de fazer uma homenagem a ela.
“Um show com os mesmos músicos, mesma iluminadora, mesmo roadie…”, lembra o produtor. Quando pensou em que cantora poderia estar à frente do projeto, Adriana foi o nome que instantaneamente lhe veio à cabeça.
“Como Gal, ela foi das raras artistas do Brasil que souberam fazer um trânsito fluente entre a vanguarda da música brasileira e os hits das rádios populares.
Elas alcançaram lugares semelhantes, fosse cantando poetas como Waly Salomão, fosse chegando à massa pelas trilhas de novelas”, explica Marcus. “E Gal amava Adriana”.
Adriana e Marcus assinam juntos a direção do espetáculo, que terá cenário concebido por Omar Salomão, filho de Waly.
A banda traz músicos que tocaram com Gal em seus trabalhos mais recentes. Limma (teclados), Fabio Sá (baixo) e Vitor Cabral (bateria e percussões) integram o trio que acompanhou a cantora em sua última turnê, “As várias pontas de uma estrela”.
Completa a formação Pedro Sá (guitarra e violão), que esteve com Gal na turnê “A pele do futuro”. O guitarrista também estará com Adriana no show do disco “Errante”, álbum de inéditas que ela lançou no dia 31 de março.
REPERTÓRIO
O repertório de “Coisas sagradas permanecem” atravessa diferentes momentos da carreira de Gal, explorando algumas vezes cruzamentos entre sua trajetória e a de Adriana. Um exemplo é “Esquadros”, presente no roteiro.
A canção da compositora gaúcha foi registrada pela baiana no disco “Aquele frevo axé”, de 1998.
Em vez de buscar uma abordagem cronológica da carreira de Gal, o show se estrutura sobre recortes de aspectos de sua obra. “Temos a presença dos poetas, algo que liga muito Gal e Adriana.
O roteiro tem, por exemplo, Waly Salomão e Augusto de Campos, que escreveu a versão em português de ‘Solitude’ (clássico de Duke Ellington gravado por Gal em ‘Caras e bocas’, disco de 1977)”, adianta Marcus.
Lupicínio Rodrigues — compositor a quem tanto Adriana como Gal dedicaram tributos,
respectivamente o disco ao vivo “Loucura” e o show “Ela disse-me assim: canções de Lupicínio
Rodrigues” — também será lembrado. “Gal cantando ‘Volta’ (no álbum ‘Índia’, de 1973) fez com que eu, uma gaúcha, pudesse ver Lupicínio de uma maneira reveladora e nova pra mim”, conta Adriana.