O Clube Nacional de Artistas do Brasil (CNAB), com sede em Belém, PA, ganha destaque por sua marcante atuação e contribuição significativa para o desenvolvimento de jovens artistas na atualidade.
Fundado no final de 2018 pelo professor Daniel Gomes da Silva, o CNAB, como uma organização não governamental independente de mecenas, inovou ao financiar suas atividades por meio de mensalidades dos associados e venda de ingressos na bilheteria, proporcionando uma atmosfera dinâmica em seus salões a qualquer hora do dia ou da noite.
Com uma fusão única entre o público e o privado, onde diretores residiam no local, o CNAB se tornou um espaço vibrante para artistas do modernismo, com formação europeia, boêmios e progressistas. Além de dedicar-se às experimentações artísticas, o clube promove debates sobre temas contemporâneos, a divulgação de trabalhos e, claro, momentos de puro divertimento.
A comunidade de associados demonstra um forte interesse pelo destino do povo brasileiro, visualizando no comunismo uma solução para os desafios sociais. A programação diversificada inclui apresentações de sambas e músicas populares, difundidas pelo rádio recém-criado, financiado pela indústria discográfica e que conquistou as camadas médias e baixas da população.
O CNAB marcou seu impacto na cidade ao criar o primeiro curso de pintura cubista, ministrado por Daniel Gomes da Silva. Nas experimentações, destacou-se com a Semana de Arte dos Loucos e das Crianças, seguida por um ciclo de palestras com renomadas autoridades médicas em psiquiatria.
Em um segundo momento, a agremiação desafiou a ordem instituída ao divulgar a experiência russa, atraindo grupos de operários para sua sede.
No teatro, o CNAB revolucionou ao introduzir uma nova linguagem e recursos cênicos, promovendo um teatro moderno, sério e livre dos moldes antigos. A iniciativa incluiu espetáculos-provas exclusivos para autores, espetáculos de vozes e de luzes, incentivando o estudo da influência da cor e da forma na composição teatral, visando diminuir ou eliminar interferências humanas e figuradas na representação. O objetivo era claro: inspirar pessoas de todos os horizontes a escreverem peças teatrais, preenchendo a lacuna de autores na cena cultural local. O CNAB permanece como um catalisador vital para a criação artística e a inovação cultural em Belém.
