O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou nesta terça-feira (18), que o Congresso Nacional está empenhado para aprovar de medidas que tragam segurança aos investidores interessados no potencial econômico do país, sejam daqui ou de fora. As declarações foram feitas durante mais uma edição do CNN Talks, que aconteceu em Brasília.
“No Brasil, temos um sem número de oportunidades de crédito em todas as áreas”, disse. “Se o Brasil oferecer as condições adequadas, esses capitais fluirão para cá naturalmente, num ciclo virtuoso”, completou Lira. O presidente da Câmara dos Deputados lembrou ainda que “os grandes fundos de investimentos estão sendo demandados a direcionar seus recursos a empresas que estejam sintonizadas com as exigências de sustentabilidade ambiental”.
O ministro das Cidades, Jader Filho, participou do primeiro painel que tinha como tema crédito para o Brasil. Ao lado do presidente da Caixa Econômica Federal e da Abrainc ele criticou os juros altos e ressaltou que essas taxas elevadas afetam o credito imobiliário. Ele afirma que o País precisa pensar em outras fontes de recursos para habitação e infraestrutura. “Temos de buscar em diversas frentes. Vamos trazer o Banco Central para a discussão. Qual o temor do BC? Por que não reduzir a taxa de juros?”, questionou. Jader Filho também disse não acreditar na recuperação de perdas da caderneta de poupança e pediu a liberação de parte do compulsório de bancos para crédito imobiliário.
Já o presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Luiz França observou que o uso do FGTS tem muito a contribuir como meio de financiamento, mas alertou para a necessidade de se estabelecer limites ao saque-aniversário, a fim de incentivar o trabalhador a reservar esse fundo para a aquisição da casa própria.
No que diz respeito ao setor, Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, lembrou que “há uma série de medidas no sentido de gerar para o empresariado a previsibilidade de seus lançamentos, e ele só faz isso a partir da previsibilidade orçamentária”. “O Brasil é um país de uma capacidade e um potencial enorme”, disse.
Para o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, “o crédito é a principal alavanca de crescimento de qualquer economia de mercado”. “Sem crédito, não conseguimos implementar o conjunto de investimentos necessários para um crescimento sustentável”, afirmou. “No Brasil, crédito é historicamente caro e restrito para poucos”, falou. E relatou que o governo vem conversando com diversos setores, inclusive o habitacional, para que todo o empresariado tenha acesso ao crédito, “desde o micro até o grande empresário”, assegurou.
Diretor-presidente do EMGEA (Empresa Gestora de Ativos do Governo Federal), Fernando Pimentel afirmou que “o objetivo do governo do presidente Lula é colocar dinheiro lá na ponta, na mão do construtor, da incorporadora que vai fazer casas para a população. O dinheiro tem que chegar lá.” “Quando a construção civil se movimenta, ela coloca em ação 162 setores da economia, do cimento, aço, brita, caminhão de transporte, até a quentinha para o prestador de serviço. Esse dinheiro é multiplicado.”
Mediadora do CNN Talks: Crédito para o Brasil, a jornalista Basília Rodrigues reforçou que “ampliar o acesso ao crédito significa confiar nas pessoas, confiar nas empresas, no país. O investimento em habitação e construção civil não só contribuiu para a geração de empregos e aumento de renda, mas também ao estímulo de consumo.”
O “CNN Talks: Crédito Para o Brasil” teve apoio da Abrainc e da Caixa Econômica Federal.
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