Magdi Shaat chegou ao Brasil em 1968 com o desejo de trabalhar as regras e normas brasileiras da engenharia. Atuando em obras do setores elétrico há mais de 50 anos, com projetos, obras e fiscalização, o engenheiro se tornou proprietário da SPEC Engenharia e dono do Haras ElFar, que chegou a reunir mais de 1200 cavalos Mangalarga Marchador.
“Minha família sempre criou cavalo árabe, então sempre tive convívio com criadores de cavalos. Quando me estabeleci no Brasil, comecei a pensar em criar cavalos de raça, mas convivendo com muitos amigos do Sul de Minas Gerais, resolvi criar o Mangalarga Marchador e esse sentimento foi crescendo de uma forma muito especial na minha vida”, conta com exclusividade à coluna.
A paixão por criar e cuidar dos cavalos surgiu desde quando Magdi Shaat era criança. Agora, chegou a um ponto que o engenheiro e criador passou por 8 anos na presidência da associação brasileira dos criadores de cavalo Mangalarga Marchador. “Estamos aí lutando, trabalhando para ter uma grande raça, que é exuberante, rústica, de sela, atende a todos os tipos de pessoas, todas as famílias, para quem gosta de passear, montar, para fazendeiro, sitiante, é uma raça que cativa a todos”, elogia.
Em seu trabalho com os cavalos, Magdi Shaat chegou a ter 1200 da espécie, mas atualmente cria de 400 a 500 animais. Ele explica, na entrevista, que por das atribuições profissionais e familiares, foi enxugando o número para ter condições de controle e maior qualidade.
“O trabalho de um criatório é fundamental em investir em genética de alta performance. No início, começa a fazer aquisições de animais de genética extraordinária e em matrizes de qualidade. Obviamente também investi em diversos garanhões de qualidade, então fiz o trabalho de cruzamento, seleção, já participei de exposições e fomos por vários anos privilegiados com animais premiados nas exposições. Nas Nacionais de 2015, 2016 e 2017, fomos premiados com o título de melhor criador das exposições. Na Nacional de 2019, fomos privilegiados com os títulos de campeões dos campeões de marcha, (garanhão e égua) do nosso criatório, uma coisa que nunca aconteceu antes, ganhar as duas categorias na mesma Nacional.
Magdi Shaat conta, por fim, que por conta da pandemia em 2020 e 2021, as participações foram bem reduzidas e, por conta disso, eles diminuíram a quantidade de exposições de seus cavalos. Com o fim do lockdown, ele planeja retomar os trabalhos “para disputar com força total”.