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Festividades juninas impulsionam turismo no São João de 2025

Campo Grande apresenta atrações culturais, quadrilha, brincadeiras, barraquinhas e comidas típicas

O mês de junho, além de celebrar a festa junina e a entrada do inverno, destaca a presença de santos importantes para a religião católica, entre Santo Antônio (13 de junho), São João Batista (24 de junho) e São Pedro (29 de junho), e ainda tem raízes em festividades pagãs do solstício de verão, no hemisfério norte, onde se comemorava a colheita. No Brasil, sua origem possui caráter cultural e está ligada aos portugueses, que trouxeram uma conotação estritamente religiosa para o cultuamento desses santos.

 

Mas o que leva ao surgimento de comidas típicas, fogueiras, músicas e roupas a caráter?

 

Devemos considerar, inicialmente, que o paganismo representou o início dessa tradição e que, em seus primórdios, utilizava esses recursos para afastar os maus espíritos e qualquer coisa que pudesse atingir a colheita. Porém, ao serem cristianizadas pelo sistema católico, passaram a centralizar o significado nesses santos. Em terras brasileiras, o mais provável, e o argumento mais aceitável, é que, provavelmente, adaptamos os sentidos e transformamos o que hoje é uma das nossas características culturais em uma das maiores festas em região, estado e federação.

 

Por conta disso, diversos lugares se destacam pelas maneiras diferentes de se investir nesta época do ano, principalmente o Nordeste, que carrega uma ancestralidade da influência europeia que se adequou à região e formou um dos maiores ‘São João’, com as bandeirinhas e muita devoção. Festas como a de Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, são conhecidas nacional e internacionalmente como o “Maior São João do Mundo”, atraindo milhões de visitantes e impulsionando o turismo, além de movimentar a economia local com o forró e as tradições.

 

Segundo informações divulgadas pelas secretarias de Turismo locais, a expectativa é de que 24 milhões de pessoas sejam aguardadas para as festividades e, só no Nordeste, cerca de 7 milhões de pessoas irão marcar presença, viabilizando mais de R$ 1,4 bilhão em 2025. O Centro-Oeste não fica para trás, e o destaque da vez é o Arraial do Banho de São João, realizado em Ladário e Corumbá, no MS, reconhecido em 2021 como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan. Assim como Brasília, que, com o “Maior São João do Cerrado” e apoio do Ministério do Turismo, espera receber 170 mil pessoas e gerar mais de 6 mil empregos diretos e indiretos.

 

Em Campo Grande, ainda no MS, a economia solidária marca presença e comanda organizações e entidades que desenvolvem trabalho socioassistencial na capital. Nos dias 12 e 15 de junho, a cidade organizou a 23ª edição do Arraial de Santo Antônio de Campo Grande, realizado pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria-Executiva de Cultura (Secult) e do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), em parceria com o Governo do Estado e a Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua, com o intuito de valorizar as tradições populares e ajudar diversas organizações sociais sem fins lucrativos, que encontram no evento uma chance de levantar renda com a venda de produtos nas barracas autorizadas.

Escrito por Kethelyn Rodrigues, supervisionada por Henrique Souza.

 

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