de Mário Sève.
No ano de 2022, foi comemorado os 80 anos de um grande personagem de nossa história
musical: Paulinho da Viola. O que muitos de nós pouco sabemos é que o famoso sambista é
legítimo herdeiro de mestres chorões da importância de Pixinguinha, Jacob do Bandolim,
Canhoto da Paraíba e Radamés Gnattali. E que, por sua atuação diante dos clubes de choro
pelo Brasil, pela a montagem do seu antológico espetáculo carioca Sarau — que marcou o
ressurgimento do Conjunto Época de Ouro, criado por Jacob — e pela gravação de seu LP
Memórias Chorando, Paulinho da Viola se destacou em fins do século 20 como símbolo da
renovação do choro atual. — “O choro é o gênero musical de mais me comove”, diz Paulinho
da Viola. Seus geniais choros e suas belíssimas valsas dão sentido à essa afirmação.
Ele tem sido aclamado como um dos principais compositores e intérpretes contemporâneos desses
dois gêneros musicais brasileiros.
Este é o show de lançamento em São Paulo do álbum OUVINDO PAULINHO DA VIOLA, de
Mário Sève. Acontecerá no Teatro do SESC 24 de Maio, no dia 27 de abril, às 20h.
Este espetáculo inclui temas instrumentais consagrados de Paulinho da Viola, como Choro negro
e Sarau para Radamés, apresenta obras com parceiros e inéditas — como o choro Chuva
Grossa também molha e a valsa Carinhosa, está com o diretor musical e arranjador do show,
Mário Sève —, além de músicas de Pixinguinha, sua grande referência.
O repertório articula os sentidos da tradição e da modernidade, dicotomia que atravessa toda a obra Paulinho da Viola.
O grupo do show liderado por Mário Sève (sopros e arranjos) é formado por Adriano
Souza (piano), Celsinho Silva (percussão) e Dininho (baixo) — integrantes do seleto grupo do
homenageado —, além de Jorge Filho (cavaquinho), Kiko Horta (acordeão) e Luiz Otávio
Braga (violão de sete cordas). Todos gravaram no disco OUVINDO PAULINHO DA VIOLA.
Flautista, saxofonista, fundador dos quintetos Nó em Pingo D´água e Aquarela Carioca, Sève
toca há 26 anos com Paulinho e é co-autor do choro Vou-me Embora Pra Roça, lançado no
mais recente álbum do compositor — Sempre se pode sonhar, ganhador do Grammy Latino
de 2021.
Sève escreveu a tese Os saraus de Paulinho da Viola: choros, valsas e memórias.
Indicada ao Prêmio CAPES 2020, a pesquisa de doutorado relaciona a criação artística do
cantor, instrumentista e compositor às suas experiências de infância e juventude, quando
frequentou o ambiente dos chorões e seresteiros — com seu pai, o violonista César Faria —
e quando conviveu com movimentos musicais que emergiam no ambiente da música
brasileira.
Ela gerou, como produto artístico, um álbum com 12 choros e valsas de Paulinho:
OUVINDO PAULINHO DA VIOLA.
A ilustração de sua capa é de um grande incentivador do projeto: o saudoso genial Elifas
Andreato, que ainda deu o nome ao disco. O artista gráfico é autor da identidade visual de
LPs, CDs e DVDs de Paulinho e de CDs, do DVD e do último livro de Sève. Há tempos não
havia um espetáculo e gravações tão próximas do estilo criado na obra Paulinho da Viola.
Esses novos registros de seus choros e valsas são uma reverência às origens musicais do
mestre e uma grande homenagem aos seus 80 anos!
Roteiro do show
- Choro negro (Paulinho da Viola e Fernando Costa)
- Abraçando Chico Soares (Paulinho da Viola)
- Sarau para Radamés (Paulinho da Viola)
- Carinhosa (Paulinho da Viola e Mário Sève)
- Vou-me embora pra roça (Paulinho da Viola e Mário Sève)
- Itanhangá (Paulinho da Viola)
- Inesquecível (Paulinho da Viola)
- Eu e minha sogra (Paulinho da Viola)
- Chuva grossa também molha (Paulinho da Viola)
- Valsa da vida (Paulinho da Viola)
- Um chorinho pra Ceci (Mário Sève)
- Os Cinco Companheiros (Pixinguinha)
- Cochichando (Pixinguinha)
- Beliscando (Paulinho da Viola)
- Um choro pro Waldir (Paulinho da Viola e Cristovão Bastos)
Ficha técnica
Mário Sève (sopros, arranjos e direção musical)
Adriano Souza (piano),
Celsinho Silva (percussão)
Dininho (baixo)
Jorge Filho (cavaquinho)
Kiko Horta (acordeão)
Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas)
Guete Oliveira (produção)
Alberto Ranelucci (som)
Pedro Altman (luz)