Segundo a artista paulistana, as decepções e desafios foram motivações para trilhar a carreira artística
A derrota e a desistência estiveram distantes das tomadas de decisões da paulistana Priscila Correia, no meio artístico conhecida como Priscy. Com dois hits marcantes no meio digital, “A Velha da Lancha” e “A Dona Aranha”, a artista que deixou a ministério da igreja para entrar na área musical revela ser uma “mulher de 40” resolvida e, verdadeiramente, dona do chamado empoderamento feminino.
“Minha mãe era cantora de igreja, meu pai era da banda e eu cresci envolta de musicalidade. Com cinco anos fui convidada para cantar com minha mãe e havia um momento que fazia um solo. Algo que nunca me esqueci e acredito que despertou minha paixão pela música”, pontua a artista ao lembrar dos elogios recebidos por conta de voz.
De família evangélica, Priscila acreditava que a área musical fora da igreja era algo errado, mesmo assim despertava a curiosidade para conhecer a cena artística. “Minha vida era totalmente regrada e pautada na vida religiosa, porém só imaginava como seria estar entre os artistas da música. Dei meu grito de liberdade alguns anos depois, quando decidi correr atrás de meus sonhos”, explica.
O encontro que tanto esperava foi realizado aos 28 anos de idade, dando seus primeiros passos vocais em um bar na região de Santana, zona norte da capital paulistana. “Aos poucos fui me libertando. A primeira vez que mostrei para a minha família um vídeo de uma apresentação em bares, para minha surpresa todos se levantaram e saíram da sala. Ali eu já tinha tomado a decisão certa e correr atrás da conquista de meus sonhos e decidi continuar mesmo sem a aprovação da família”, revela emocionada a artista.
A paixão pela arte musical passou a elevar seu dia a dia e os projetos na área foram iniciados. Poucos meses após sua apresentação no bar noturno, decidiu após na gravação de um clipe, onde trabalhou efeitos especiais, publicou o clipe e para sua surpresa um importante site humorístico da época, o “Kibe Loco”, publicou o vídeo e deu a ela um apelido carinhoso de “gordelícia”. O material superou mais de 100 mil visualizações e a cantora encontrou a sonhada fama no meio digital.
O período da pandemia contou com um crescimento profissional na área de TI sua segunda profissão que possibilitou uma reserva financeira que foi destinada para a gravação do hit “A Velha da Lancha”, canção autoral que retrata a independência da mulher, enriquecimento e o interesse das pessoas. O trabalho lhe rendeu mais de 50 mil visualizações e a retomada do reconhecido pelo público. Posteriormente lançou “A Dona Aranha”, música que também retrata as conquistas femininas, mostrando a independência da mulher que decidiu traçar seu próprio caminho. “A música pode soar para muitas pessoas como humorística, mas possui uma mensagem forte de persistência e conquista e não é pautada na questão da sexualidade” como alguns pensam, sintetiza.
Para o futuro, Priscy revela que quer realizar o sonho de ser uma das cantoras mais famosas do Brasil. “Quero ser reconhecida como cantora que, de fato, possui um talento vocal. Uma artista reconhecida como uma mulher da moda, moda extravagante, ousada, que tem muito a ver com o universo pop”, finaliza.