O programa que revela os bastidores da notícia completa sua maioridade em 2024. Há 18 anos, o ‘Profissão Repórter’ acompanha os principais acontecimentos do país, com jornalistas sempre imersos no front para contar ao público as histórias mais relevantes. Na próxima terça-feira, dia 13, Caco Barcellos e sua equipe de repórteres dão início à nova temporada do programa na maior festa popular do Brasil. “Vamos mostrar os artistas do carnaval, como é o trabalho das pessoas diretamente envolvidas nas festas. Pessoas que cruzam o país para fazer o carnaval do Rio acontecer, por exemplo. Anônimos que colocam a mão na massa, que não aparecem, mas a gente tenta iluminar. Também fomos a Olinda e São Paulo, onde estão os maiores blocos do Brasil”, conta Caco.
No Rio de Janeiro, Caco Barcellos e a repórter cinematográfica Gabi Vilaça conhecem a história do casal de ferreiros Duiler Picancio e Adaleia Pereira que trabalham para escolas do Grupo de Acesso. Eles são de Parintins, no Amazonas, onde fazem o mesmo trabalho no festival folclórico do Boi Garantido e do Boi Caprichoso. São quatro meses de preparativos por ano, longe dos 18 filhos que ficam por lá. Além de fabricar as ferragens que dão sustentação e movimento aos carros alegóricos, o casal também participa dos desfiles, operando as máquinas que constroem.
Em São Paulo, o repórter Pedro Marum mostra os bastidores do maior bloco de carnaval de rua, que reúne um milhão de foliões e centenas de profissionais: o Acadêmicos do Baixo Augusta. Ele acompanha a rotina do professor de biologia Marcos Aurélio Kazan, que trabalha no carnaval paulista desde 2002 e lidera a produção do bloco desde a madrugada, quando chegam os primeiros trios à Rua da Consolação, até o final do desfile, na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. Os desafios de quem coloca o bloco na rua vão desde a segurança das pessoas até a minuciosa cronometragem do tempo de deslocamento da multidão. Outro desafio de Marcos é conciliar a vida na sala de aula com a agenda do carnaval. “É uma coisa que eu gosto demais, é um momento que as pessoas se divertem. Carnaval também é resistência”, diz o professor.
O carnaval de São Paulo vive uma crescente agitação de blocos de rua. Um movimento que completa 15 anos e atrai cada vez mais pessoas para a capital paulista. Os repórteres Thiago Jock e Sara Pavani acompanham o trio elétrico de Alceu “Bicho Maluco Beleza”, que reúne uma multidão ao lado do Parque do Ibirapuera. Cantor, compositor e bacharel em direito, Alceu se interessa por diferentes aspectos do evento. “Eu tenho estudado muito sobre economia criativa, essas barracas, os vendedores ambulantes, o motorista do trio, a equipe técnica, uma festa como essa aquece demais a economia, emprega muita gente. O Brasil tem tudo para ser um dos principais destinos turísticos do mundo”, ressalta Alceu.
Já o repórter André Neves Sampaio e o repórter cinematográfico Alex Gomes acompanham os últimos preparativos para o desfile do bloco “O Homem da Meia-Noite”, que acontece em Olinda, Pernambuco, no sábado de carnaval. O cortejo reúne cerca de 500 mil pessoas todos os anos e carrega a mística por trás do Homem da Meia-Noite. Com 92 anos de tradição, “O Homem” tem vida, segundo Luiz Adolpho, diretor do bloco. “O desfile do Homem da Meia-Noite é igual a uma cerimônia religiosa. As pessoas choram, se emocionam. É histórico e emocionante. Um patrimônio do Pernambuco! Ele é eterno e nós somos passageiros”, diz Adolpho. Quatro homens se revezam para levar o boneco no cortejo.
A nova temporada do ‘Profissão Repórter’ estreia na próxima terça-feira, dia 13, logo após o ‘Big Brother Brasil’.