
No coração pulsante do comércio brasileiro, das feiras populares de São Paulo aos estabelecimentos virtuais de Salvador, uma metamorfose silenciosa está em curso. As micro e pequenas empresas, tradicionalmente consideradas a força motriz da economia nacional, estão abraçando a inteligência artificial (IA) como nunca antes, buscando não apenas sobreviver, mas prosperar na era digital. Esse segmento, que constitui impressionantes 99% do tecido empresarial do país e emprega mais da metade da mão de obra formal, está redefinindo os paradigmas de negócios com ferramentas outrora exclusivas das grandes corporações.
Protagonismo das pequenas empresas na economia brasileira
As estatísticas recentes pintam um quadro revelador: em setembro de 2024, o Brasil testemunhou o nascimento de cerca de 400.000 novos empreendimentos de pequeno porte, representando 96% de todas as empresas inauguradas naquele período. Ao final do ano, o país contabilizava 3,3 milhões de novos negócios, com as micro e pequenas empresas respondendo por 30% do Produto Interno Bruto (PIB).
Urandir Fernandes Oliveira, CEO do Grupo Dakila Pesquisas, especialista e estudioso de tecnologias de ponta, observa: “Estamos diante de uma revolução estrutural. A democratização das ferramentas de IA está permitindo que até mesmo negócios unipessoais compitam em escala global.