Carol Romano começou sua trajetória profissional movida por uma curiosidade inata. Formada em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela FAAP, ela escolheu o jornalismo por querer estar sempre próxima das mudanças no mundo. No entanto, seu percurso logo a levou para além das redações e, ainda jovem, Carol mergulhou no universo da pesquisa de tendências e comportamento, fundando, aos 25 anos, sua primeira consultoria de inovação. “Eu queria saber tudo o que estava acontecendo e as marcas nos procuravam porque queriam entender os jovens e os movimentos emergentes da sociedade”, relembra.
Sua carreira se desdobrou de forma não linear, mas sempre com um fio condutor, sempre com uma escuta e leitura atenta das pessoas e das transformações culturais. Ao longo dos anos, Carol se especializou em metodologias de empatia, com forte influência do design thinking e outras ferramentas de leitura de comportamento. “Isso é quase uma ciência hoje. Existe um aperfeiçoamento mais tecnológico, porém o meu foco sempre foi a inovação humana, onde eu pudesse entender pessoas, comportamentos e o que está nascendo na sociedade.”
Foi justamente esse olhar humano que a levou até a psicologia. Fascinada pelas emoções, motivações e escolhas das pessoas, Carol se especializou em Psicologia Positiva, a ciência do bem-estar e da felicidade. Posteriormente, tornou-se psicanalista pelo Centro de Estudos Psicanalíticos de São Paulo (CEP-SP), passando também a atender em consultório. Hoje, como co-founder da Futuro Co., Carol combina inovação, psicologia e comunicação para ajudar empresas a construírem culturas organizacionais mais saudáveis e humanas. “Eu falo que não foi uma transição de carreira, foi uma acumulação de carreira e, quando comecei a fazer palestras sobre isso em 2010, as empresas achavam que era conversa de terapia. Hoje, sou chamada justamente porque falo disso há 15 anos.”
Entre os desafios mais marcantes, Carol cita o pioneirismo ao falar de felicidade corporativa em um período em que o tema ainda era visto com desconfiança no mundo empresarial, e cita como outro desafio aprender a focar, pois sempre foi muito curiosa e interessada em fazer diversas coisas ao mesmo tempo. “Sempre fui capaz de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e, recentemente, consegui reunir tudo o que eu fazia em uma única frente, com mais propósito e direção.”
Sobre o futuro, Carol tem sonhos claros, nos quais um deles é levar o conceito de bem-estar para as instituições de ensino, especialmente para jovens universitários. Além disso, deseja ocupar conselhos de grandes empresas para influenciar as decisões estratégicas e, fora do mundo corporativo, planeja se dedicar ao montanhismo, uma paixão incutida que demonstra seu amor pelo esporte. “Quero subir o Everest, o K2, o Kilimanjaro. Essas experiências de superação e contato com a natureza me fascinam.”
Aos 43 anos, com uma carreira completa e escrevendo um livro sobre relações e saúde social, Carol resume sua trajetória com uma mistura de orgulho e gratidão. Seu maior feito, segundo ela, é ter construído uma carreira alternativa e bem-sucedida, que nunca seguiu os caminhos tradicionais de grandes corporações, mas que sempre esteve em diálogo com elas. “Eu nunca trabalhei dentro de uma grande empresa, mas sempre trabalhei com as grandes empresas. Isso, para mim, é uma grande conquista.”
