
Nesta Sexta-feira Santa, o mundo cristão silencia diante do mais profundo gesto de amor já vivido na história da humanidade: a paixão e morte de Jesus Cristo. Foi neste dia que o Filho de Deus, inocente e puro, entregou-se à dor, à humilhação e à morte para salvar a humanidade. Um sacrifício que continua ecoando séculos depois, tocando corações e renovando a fé de milhões.
Jesus foi traído por um de seus amigos mais próximos, Judas Iscariotes. Preso no meio da noite, levado diante de autoridades religiosas e políticas, Ele foi julgado de forma injusta, espancado, coroado com espinhos e obrigado a carregar uma pesada cruz até o alto do Monte Calvário.
A cada passo, o peso da cruz era o peso dos pecados do mundo. A multidão o observava em silêncio, alguns zombavam, outros choravam. Mesmo exausto, ensanguentado e com o corpo já sem forças, Jesus não reclamou. Ele olhava com compaixão para aqueles que o condenaram, e ainda assim disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.”
Pregado à cruz, entre dois ladrões, Jesus resistiu por horas de agonia. Sua mãe, Maria, estava ali, aos pés da cruz, assistindo ao sofrimento do filho. Em seu último suspiro, Ele clamou: “Está consumado!” — e entregou seu espírito ao Pai.
A terra tremeu. O céu escureceu. O véu do templo se rasgou de alto a baixo. A natureza chorava a morte do Salvador.
Mas para os cristãos, a morte de Jesus não é o fim da história — é o começo de uma nova vida. Seu sacrifício abriu as portas do céu e mostrou ao mundo que o amor verdadeiro é aquele que se entrega, mesmo sem receber nada em troca.
Nesta Sexta-feira Santa, não é apenas um corpo que é crucificado. É a dor da humanidade sendo acolhida. É o perdão sendo oferecido. É o amor sendo provado até o fim.
Que cada lágrima derramada, cada oração feita e cada silêncio respeitado neste dia nos aproxime mais de Jesus Cristo, o homem que mudou a história ao dar a própria vida para salvar a nossa.