
A trajetória de Angela Dariva é uma colcha de retalhos bordada com desafios, amor e muita energia. Natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ela se formou em Pedagogia pela Universidade Federal da região, especializando-se na educação infantil e mudando-se para Belo Horizonte após o casamento, em 2000. Desde então, vem conciliando sua vida familiar com um papel crescente como influenciadora digital.
“Minha paixão sempre foram as crianças de três anos, os bebês que já falam. Era uma idade que eu adorava trabalhar”.
Sua história tomou um rumo transformador com a chegada do segundo filho, Theo, diagnosticado com síndrome de Down, e, a princípio, Ângela fez uma escolha consciente de dedicar-se integralmente aos filhos nos primeiros anos de vida. A partir dessa decisão, ela mergulhou em terapias e estímulos para o desenvolvimento do filho, aplicando os conhecimentos pedagógicos que acumulou ao longo dos anos.
“Sempre foi um combinado com meu marido. Os sete primeiros anos de cada filho seriam meus”.
A exposição pública da história da família começou com um convite inesperado, no qual a apresentadora Xuxa incentivou Angela e o marido a participarem de um programa especial sobre a trissomia 21. Anos depois, com Theo já com sete anos, ela abriu seu Instagram e começou a dialogar com outras mães, tornando-se uma referência para famílias atípicas.
“Eles ficaram um ano insistindo para a gente ir. No final, fomos, e foi maravilhoso, pois conhecemos muitas histórias e compartilhamos experiências incríveis”.
Angela também é mãe de João Marcos que atualmente está com 21 anos e hoje equilibra sua atuação nas redes sociais com a maternidade e o acompanhamento das turnês do marido, o músico Marco Túlio, da banda Jota Quest. Seu conteúdo nas redes sociais mistura lifestyle, maternidade, inclusão, pedagogia e moda, de uma maneira despojada e versátil, oferecendo dicas aos seguidores e permeando por cada aspecto de sua vida, sempre com uma abordagem sincera.
“Eu testo tudo antes de indicar e já recusei contratos porque o produto não me agradou. Minha prioridade é a confiança das pessoas que me seguem”.
Apesar de não ter um plano totalmente definido para o futuro, Angela tem o desejo de tornar seu trabalho digital mais estruturado e profissional, e ela pondera, no entanto, sobre o foco que pretende dar ao conteúdo.
“Quero que as pessoas entrem no meu perfil e saibam que ali vão encontrar informações de qualidade sobre educação, inclusão e maternidade atípica. Ainda estou decidindo se continuo abrangendo o universo feminino como um todo ou se afunilou mais para a educação e inclusão”.
Para Angela, sua maior conquista até hoje foi enfrentar, sozinha, o momento mais desafiador de sua vida, com a decisão de seguir com a gravidez de Theo, mesmo diante de pressões médicas e familiares, e sua filosofia de vida reflete essa resiliência.
“Foi um momento de muita dor física e emocional, porém hoje eu olho pra trás com orgulho de ter feito as escolhas que fiz. O que é bom acaba e o que é ruim acaba também, então, a gente só precisa ter paciência para esperar a poeira baixar e seguir em frente”.









